“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.” – Jesus
(Mateus, 13:23.)
- Efectivamente, a vida é comparável ao trato do solo que nos é concedido cultivar.
Ergue-te, cada dia, e ampara o teu campo de serviço, a fim de que esse mesmo campo de serviço te possa auxiliar.
A sementeira é a empreitada, o dever a cumprir, o compromisso de que te incumbes. O terreno é o próximo que te propicia a colheita.
Lavrar o talhão é dar de nós sem pensar em nós.
Basta que plantes o bem para que o bem te responda.
Para isso, no entanto, é imperioso agir e perseverar no trabalho.
Nunca esmorecer.
Qual ocorre na lavoura comum, é preciso contar com o aguaceiro e a canícula, o granizo e o vento, a praga e o detrito.
Não valem reclamações. Remove a dificuldade e prossegue firme.
Acima de tudo, importa o rendimento da produção para o benefício de todos.
- Se alguém te despreza, desdoirando a suposta singeleza que te coube, esquece a incompreensão alheia e continua plantando para a abastança geral.
- Muita gente não se recorda de que o pão alvo sobe à mesa à custa do suor de quantos mergulham as mãos no barro da gleba, a fim de que a semente possa frutificar.
- Quando essa ou aquela pessoa te requisite o descanso, sem que a tua consciência acuse fadiga, não acredites nessa ilusão.
A ferrugem do ócio consome o arado muito mais que a movimentação no serviço.
- Trabalha e confia, na certeza de que o Senhor da Obra te observa e segue vigilante.
Não duvides, nem temas.
Dá o melhor de ti mesmo à Seara da Vida, e o Divino Lavrador, sem que percebas, pendurará nas frontes do teu ideal a floração da esperança e a messe do triunfo.
ESPÍRITO EMMANUEL, Ceifa de Luz – Na gleba do mundo, psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
(imagem: Uvas sobre a mesa, pintura de Eduardo Arguelles)
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