Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Força Directiva

“O quadro das últimas conquistas da Química orgânica continuou afirmando a força, qual a estabelecera a Fisiologia.
Remontando, então, para além da vida actual, para a origem dos seres, a causa espiritualista revelou num crescendo a sua necessidade e veridicidade. Comparamos com a nova a velha hipótese materialista e achamos que não são mais que uma e única hipótese, aliás, insuficientes.
A mesma perquirição nos levou ao problema, não resolvido, das gerações espontâneas. O ponto essencial da questão está no havermos constatado que, mesmo na hipótese da organização autónoma da matéria, a teologia natural não é atingida e a força directiva continua a impor-se como absolutamente necessária. Vimos, ao demais, que não são os mestres que opõem teorias contrárias à admissão de um Deus, e sim os discípulos inexperientes, de vez que a lei tanto impera na transformação e progressão das espécies, como na sua criação separada. E quanto ao homem em si mesmo, vemos que o seu posto característico na criação afirma-se, menos pelos índices anatómicos que por seu valor intelectual, tendo-se em vista a sua racionalidade e os progressos que é capaz de realizar.”

CAMILLE FLAMMARION, Deus na Natureza, Tomo V – DEUS, (4 de 7)

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