Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

sábado, 23 de julho de 2011

A vida do espaço é a forma necessária e simétrica da vida terrestre

“Em cada regresso ao espaço procede-se ao balanço dos lucros e perdas; avaliam-se e firmam-se os progressos. O ser examina-se e julga-se; perscruta minuciosamente a sua história recente, em si mesmo escrita; passa em revista os frutos de experiência e sabedoria que a sua última vida lhe proporcionou, para mais profundamente assinalar-lhes a substância.
A vida do espaço é, para o Espírito que evoluiu, o período de exame, de recolhimento, em que as faculdades, depois de se terem gasto no exterior, reflectem-se, aplicam-se ao estudo íntimo, ao interrogatório da consciência, ao inventário rigoroso da beleza ou fealdade que há na alma. A vida do espaço é a forma necessária e simétrica da vida terrestre, vida de equilíbrio, em que as forças se reconstituem, em que as energias se retemperam, em que os entusiasmos se reanimam, em que o ser se prepara para as futuras tarefas; é o descanso depois do trabalho, a bonança depois da tormenta, a concentração tranquila e serena depois da expansão activa ou do conflito ardente.”

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, Segunda Parte/O Problema do Destino, XIII – As vidas sucessivas. A reencarnação e suas Leis (6 de 7)

1 comentário:

palavra luz disse...

Passageiro do navio da vida em frente a pequenas procelas da minha modesta circunstância, tenho-me atrevido a um outro "inventário rigoroso da beleza ou fealdade que há na alma".

Não é aquele que irei fazer, acalentado pela calorosa luz que retempera a anima, a que mais tarde serei sujeito com entusiasmo e proveito de alma.

É tão somente uma procura da harmonia que ajuda a viver e que alimenta a certeza não apenas de futuro, mas de usufruto da completa grandeza do universo criado em exaltação do belo.

Certas coisas que tenho pesquisado, apoiadas na novidade de certas notícias recentes, não conseguem ultrapassar, nem na clareza nem na densidade de conceitos, a actualidade esclarecida de Léon Denis.

Bravo, Gilberto!...

Abraço fraterno para ti e para todos os visitantes.