Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Desdobramento do ser humano

“Os magnetizadores já haviam chegado, por outros métodos, ao mesmo resultado. Pela correspondência que permutaram Billot e Deleuze, bem como pelas pesquisas de Cahagnet, veremos que a alma, após a morte, conserva uma forma corporal que a identifica. Os médiuns, isto é, as pessoas que gozam – no estado normal – da faculdade de ver os Espíritos, confirmam, em absoluto, o testemunho dos sonâmbulos.
Essas narrativas, entretanto, constituem uma série de documentos de grande valor, mas ainda não nos dão uma prova material. Mostraremos, por isso, que os espíritas fizeram todos os esforços por oferecer a prova inatacável e que o conseguiram. As fotografias de Espíritos desencarnados, as impressões por estes deixadas em substâncias moles ou friáveis, as moldagens de formas perispirituais são outras tantas provas autênticas, absolutas, irrecusáveis da existência da alma unida ao perispírito e tão grande é hoje o número dessas provas, que impossível se tornou a dúvida.
Mas, se verdadeiramente a alma possui um envoltório, há de ser possível comprovar-se-lhe a realidade durante a vida terrena. É, com efeito, o que se dá. Abriram-nos o caminho os fenómenos de desdobramento do ser humano, denominados por vezes de bicorporeidade. Sabe-se em que eles consistem. Estando, por exemplo, em Paris um indivíduo, pode a sua imagem, o seu duplo mostrar-se noutra cidade, de maneira a ser ele reconhecido. Há, no actual momento, mais de dois mil factos, bem verificados, de aparições de vivos. Veremos, no correr do nosso estudo, que não são alucinatórias essas visões e por que caracteres especiais podemos certificar-nos da objectividade de algumas de tão curiosas manifestações psíquicas.”

GABRIEL DELANNE, A Alma é Imortal, Introdução – Demonstração experimental da imortalidade (4 de 6)

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