Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Fluidos Luminosos próprios e/ou Os de Vontade estranha

“O perespírito possui, pela sua natureza, uma propriedade luminosa que se desemvolve sob o influxo da actividade e das qualidades da alma. Poder-se-ia dizer que essas qualidades estão para o fluido perespiritual como a fricção para o fósforo. A intensidade da luz está na razão da pureza do Espírito: as mais pequenas imperfeições morais atenuam-na e enfraquecem-na. A luz irradiadada por um Espírito será tanto mais viva, quanto maior for o seu avanço. Assim, sendo o Espírito, de alguma forma, o seu próprio farol, verá proporcionalmente à intensidade da luz que produz, resultando daí que os Espíritos que não a produzem se encontram na obscuridade.
Esta teoria é perfeitamente exacta quanto à irradiação de fluidos luminosos pelos Espíritos superiores e é confirmada pela observação, embora não se possa concluir que seja essa a verdadeira causa, ou, pelo menos, a única causa do fenómeno:
1.º) Porque nem todos os Espíritos inferiores estão nas trevas;
2.º) Porque um mesmo Espírito se pode encontrar alternadamente na luz e na obscuridade;
3.º) Finalmente, porque a luz também é um castigo para os Espíritos muito imperfeitos.
Se a obscuridade em que jazem certos Espíritos fosse inerente à sua personalidade, essa obscuridade seria permanente e geral para todos os maus Espíritos, o que aliás não acontece. Às vezes, os perversos mais requintados vêem perfeitamente, ao passo que outros, que não podem ser qualificados assim, jazem temporiamente em trevas profundas. Assim, tudo indica que, independentemente da luz que lhes é própria, os Espíritos recebem uma luz exterior que lhes falta segundo as circunstâncias, de onde é forçoso concluir que a obscuridade depende de uma causa ou de uma vontade estranha, constituindo uma punição especial da soberana justiça, para casos determinados.”

ALLAN KARDEC, O Céu e o Inferno, Parte II Exemplos, Capítulo IV - Espíritos sofredores, Estudo sobre as comunicações de Claire

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Claire

“- Que devemos entender por trevas em que se encontram mergulhadas certas almas sofredoras? Serão as trevas tantas vezes referidas na Escritura?
«Eis-me aqui. Também eu posso responder à pergunta relativa às trevas, pois vaguei e sofri durante muito tempo nesses limbos onde tudo é soluços e misérias. Sim, existem as trevas visíveis de que fala a Escritura e os desgraçados que, tendo terminado as suas provações terrenas, deixaram a vida, ignorantes e culpados, são mergulhados numa região fria, inconscientes de si próprios e do seu destino. Acreditam na eternidade da sua situação, ainda balbuciam as palavras da vida que os seduziu, admirando-se e espantando-se da sua profunda solidão; são trevas, pois, esses lugares povoados e ao mesmo tempo desertos, espaços em que erram Espíritos obscuros lastimosos, sem consolo, sem afeições, sem socorro de espécie alguma. A quem se dirigir?... Sentem ali a eternidade esmagadora sobre eles. Tremem e lamentam os interesses mesquinhos que lhes mediam as horas; deploram a ausência das noites que, muitas vezes, lhes traziam, num sonho feliz, o esquecimento dos pesares. As trevas para o Espírito são: a ignorância, o vazio, o horror pelo desconhecido… Não posso continuar…»
Claire”

ALLAN KARDEC, O Céu e o Inferno, Parte II Exemplos, Capítulo IV - Espíritos sofredores, Estudo sobre as comunicações de Claire

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

As Trevas

“- Que devemos entender por trevas em que se encontram mergulhadas certas almas sofredoras? Serão as trevas tantas vezes referidas na Escritura?
«Sim, efectivamente, são as trevas designadas por Jesus e pelos profectas em referência ao castigo dos maus. Mas isso não passa de uma alegoria destinada a ferir os sentidos materializados dos seus contemporâneos, os quais nunca poderiam compreender a punição de uma maneira espiritual. Certos Espíritos estão emersos em trevas, mas deve-se concluir daí uma verdadeira noite da alma comparável à obscuridade intelectual do idiota. Não é uma loucura da alma, mas sim uma inconsciência de si própria e do que a rodeia que se produz quer na presença, quer na ausência da luz material. É, principalmente, a punição dos que duvidaram do seu destino. Acreditaram no nada e as aparências desse nada fazem o seu suplício, até que a alma, caindo em si, quebre energicamente as malhas de enervamento moral que a envolveu; tal como um homem oprimido por um sonho penoso, luta num dado momento, com todo o vigor das suas faculdades, contra os terrores que de começo o dominam.
»Esta redução momentânia da alma a um nada fictício e consciente da sua existência é um sentimento mais cruel do que se pode imaginar, em razão da aparência de repouso que a acomete; é esse repouso forçado, essa nulidade de ser, essa incerteza que lhe fazem o suplício. O aborrecimento que a invade é o mais terrível dos castigos, porque não sente coisa alguma à sua volta, nem coisas, nem seres; são para ela verdadeiras trevas.»
S. Luís”

ALLAN KARDEC, O Céu e o Inferno, Parte II Exemplos, Capítulo IV - Espíritos sofredores, Estudo sobre as comunicações de Claire

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fluido Perispiritual

"O perispírito (i) é formado de fluidos, em diferentes graus de condensação, desde os fluidos materiais, que aderem ao cérebro, até aos espirituais, que se aproximam da natureza da alma.
De sorte que, se uma vibração impressiona um nervo sensitivo, este a transmite aos tálamos ópticos, que a reflectem para o sensorium; aí chegada essa vibração, age sobre o fluido perispiritual, que aos poucos adverte o espírito.
Assim, como pensam os fisiologistas de que já falamos, são as ondulações do fluido perispiritual que transmitem as sensações à alma e, reciprocamente, a vontade da alma se manifesta aos órgãos por ondulações em sentido inverso das primeiras, que vão da parte mais depurada à parte mais material. Chegadas à superfície das camadas corticais, as ondulações impressionam as células do sensorium e põem em acção a energia nervosa que aí está contida; esta, sob forma de descarga nervosa, atravessa os núcleos do corpo estriado, onde adquire uma força maior e se distribui, em seguida, pelos nervos motores, conforme as vontades da alma.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, 4ª parte, Capítulo II – Provas da existência do perispírito – A sua utilidade – O seu papel

Intermediário Fluídico

“Sabemos que os nervos sensitivos terminam em uma parte do cérebro chamada tálamos ópticos; aí, cada aparelho sensorial possui um núcleo de células ganglionares, que está ligado à periferia cortical por fibras brancas. Lembrado isso, vejamos como as excitações exteriores penetram e se encaminham no organismo quando se trata de um fenómeno auditivo ou visual, que põe em actividade as células da retina ou do nervo auditivo. O que se passa, então, na intimidade dos condutores nervosos?
Essas excitações, seguidamente transmitidas, põem logo em jogo as actividades específicas, isto é, as propriedades especiais das diversas células que compõem os núcleos dos tálamos ópticos. As células do centro óptico, entrando em vibração, as transmitem à camada cortical pelas fibras radiantes e, aí chegadas, essas vibrações, que são, até esse momento, simples movimentos moleculares, encontram o duplo fluídico e lhe comunicam a impressão. Desde então, este movimento ondulatório se propaga até à alma que tem dele consciência. É a esse conhecimento que se chama percepção; ele não se poderia efectuar se o intermediário fluídico não existisse.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, 4ª parte, Capítulo II – Provas da existência do perispírito –  A sua utilidade – O seu papel

Esboço Fluídico

“Geoffroy Saint-Hilaire dizia: “O tipo segundo o qual a vida forma o corpo desde a origem é também aquele segundo o qual ela o entretém e repara. A vida é, ao mesmo tempo, formadora, conservadora e reparadora, sempre conforme esse modelo ideal, regra invariável de todos os seus actos.”
Esse modelo ideal está contido no ser material que se transforma sem cessar? Não, evidentemente; ele lhe é exterior, ou antes, é nele que se vêm incorporar as moléculas materiais; ele é esboço fluídico do ser. Se reflectirmos, com efeito, nas transformações múltiplas, incessantes, às quais está o corpo submetido, compreenderemos a necessidade dessa força directriz que indica aos átomos materiais o lugar que eles devem ocupar. Como conceber que o cérebro, instrumento tão frágil, tão complicado, cuja substância se renova continuamente, possa funcionar de maneira constante, se não existisse um modelo fluídico no qual as moléculas materiais se vêm incorporar?
Com a morte do corpo, não mais existindo esse duplo, tudo sucumbe, se degrada e destrói, em curto lapso de tempo. É este esboço fluídico que, diferindo segundo os indivíduos, conserva a estrutura particular de cada um, as formas gerais do corpo e da fisionomia que o fazem reconhecer durante o curso de sua existência.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, 4ª parte, Capítulo II – Provas da existência do perispírito – A sua utilidade – O seu papel

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Regiões Felizes

“À medida que ela se vai distanciando das esferas inferiores, onde reinam as influências pesadas, onde se agitam as vidas grosseiras, banais ou culpadas, as existências de lenta e penosa educação, a alma vai percebendo as altas manifestações da inteligência, da justiça, da bondade, e sua vida torna-se cada vez mais bela e divina. Os murmúrios confusos, os rumores discordes dos centros humanos pouco a pouco vão se enfraquecendo para ela até se extinguirem de todo; ao mesmo tempo começa a perceber os ecos harmoniosos das sociedades celestes. É o limiar das regiões felizes, onde reina uma eterna claridade, onde paira uma atmosfera de benevolência, serenidade e paz, onde todas as coisas saem frescas e puras das mãos de Deus.”

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, XII. – As missões, a vida superior

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Acção Mediúnica

"Conhecida em todos os tempos da cultura sócio-histórico-antropológica, na Terra, têm-se manifestado a acção mediúnica através de complexas expressões.

Nabucodonosor, o célebre rei da Assíria, com freqüência era visitado por entidades perversas, assumia postura chocante sob a injunção de doloroso fenômeno obsessivo que o maltratava mediunicamente.

Akenathon, o insigne faraó egípcio, inspirado por excelentes Numes Tutelares, penetrou, psiquicamente, no mundo espiritual, oferecendo nobre visão de Deus, através da deidade Athon representada no Astro-rei, que se faz presente em tudo e sustenta a vida...

Pitágoras, iniciado na comunicação com os espíritos, ensinava as técnicas de educação espiritual, no seu santuário em Crotona. Domício Nero, déspota e alienado, sofria a visita mediúnica da genitora e da esposa, que ele assassinara.

Na esfera do Cristianismo, as comunicações eram comuns, e o Apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, apresentou a "variedade de dons" mediúnicos que se encontram presentes nas criaturas.

Francisco de Assis ou Tereza de Ávila, Condorcet ou Voltaire, Schumann ou Schiller, para citar apenas alguns, foram instrumentos dos Imortais, que lhes tangiam as cordas sensíveis da alma, trazendo do Mundo Maior as belas páginas de diversificada cultura e arte que ainda deslumbram e comovem a humanidade".

Divaldo Pereira Franco. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Evolução da Alma

“Já não é o céu frio e vazio dos materialistas, nem mesmo o céu contemplativo e beato de certos crentes; é um universo vivo, animado, luminoso, cheio de seres inteligentes em via constante de evolução. Quanto mais os seres espirituais se elevam, tanto mais se acentua a sua tarefa, tanto mais aumentam de importância suas missões. Um dia, tomam lugar entre as almas mensageiras que vão levar aos confins do tempo e do espaço as forças e as vontades da Alma Infinita.
Para o Espírito ínfimo, assim como para o mais eminente, não tem limites o domínio da vida. Qualquer que seja a altura a que tenhamos chegado, há sempre um plano superior a alcançar, uma nova perfeição a realizar.
Para toda alma, mesmo a mais inferior, um futuro grandioso se prepara. Cada pensamento generoso que começa a despontar, cada efusão de amor, cada esforço que tende para uma vida melhor é como a vibração, o pressentimento, o apelo de um mundo mais elevado que a atrai e que, cedo ou tarde, a receberá. Todo ímpeto de entusiasmo, toda palavra de justiça, todo acto de abnegação repercute em progressão crescente na escala dos seus destinos.”

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, XII. – As missões, a vida superior

Dos Destinos da Alma

“A alma vem de Deus e volve a Deus, percorrendo o ciclo imenso dos seus destinos; mas, por mais baixo que tenha descido, cedo ou tarde, pela atracção, sobe de novo para o infinito. Que procura ela ali? O conhecimento cada vez mais perfeito do Universo, a assimilação cada vez mais completa de seus atributos – Beleza, Verdade, Amor! E, ao mesmo tempo, uma libertação gradual das escravidões da matéria, uma colaboração crescente na obra de Deus.
Cada Espírito tem, no Espaço, sua vocação e segue-a com facilidades desconhecidas na Terra; cada um encontra seu lugar nesse soberbo campo de acção, nesse vasto laboratório universal. Por toda parte, tanto na amplidão como nos mundos, objectos de estudo e de trabalho, meios de elevação, de participação na obra eterna, se oferecem à alma laboriosa.”

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, XII. – As missões, a vida superior

Algo para nós

“Não digas que a grandeza de Deus te dispensa do bem a realizar.
Deus é a Luz do Universo, mas podes acender uma vela e clarear o caminho para muita gente dentro da noite.
Deus é o Amor, entretanto, onde a necessidade apareça, guardas o privilégio de oferecer a migalha de socorro que comece a restaurar o equilibrio da vida.
Lembremo-nos de que Deus pode fazer tudo, mas reservou-nos algo para realizar, por nós mesmos, de modo a sermos dignos de seu nome.”

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Livro de Respostas. Ditado pelo Espírito Emmanuel. CEU.

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Terra

"A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola."
Emmanuel

sábado, 11 de dezembro de 2010

Ganhar -Emmanuel

"Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?" - JESUS.(MARCOS, 8:36.)

"As criaturas terrestres, de modo geral, ainda não aprenderam a ganhar. Entretanto, o espírito humano permanece no Planeta em busca de alguma coisa. É indispensável alcançar valores de aperfeiçoamento para a vida eterna.
Recomendou Jesus aos seus tutelados procurassem, insistissem...
Significa isso que o homem se demora na Terra para ganhar na luta enobrecedora.
Toda perturbação, nesse sentido, provém da mente viciada das almas em desvio.
O homem está sempre decidido a conquistar o mundo, mas nunca disposto a conquistar-se para uma esfera mais elevada. Nesse falso conceito, subverte a ordem, nas oportunidades de cada dia. Se Deus lhe concede bastante saúde física, costuma usá-la na aquisição da doença destruidora; se consegue amealhar possibilidades financeiras, tenta açambarcar os interesses alheios.
O Mestre Divino não recomendou que a alma humana deva movimentar-se despida de objectivos e aspirações de ganho; salientou apenas que o homem necessita conhecer o que procura, que espécie de lucros almeja, a que fins se propõe em suas actividades terrestres.
Se teus desejos repousam nas aquisições factícias, relativamente a situações passageiras ou a patrimónios fadados ao apodrecimento, renova, enquanto é tempo, a visão espiritual, porque de nada vale ganhar o mundo que te não pertence e perderes a ti mesmo, indefinidamente, para a vida imortal."

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 58. Rio de Janeiro, RJ. FEB.

Pagamento na Hora Certa

"Quando José - irmão de Chico que dirigia as sessões do centro - morreu, Chico ficou com a tarefa de cuidar da família e, além disso, também de uma dívida deixada pelo irmão referente a uma conta de luz, no valor de onze cruzeiros.
Na época, a quantia era elevada para Chico, cujo ordenado mal dava para as necessidades básicas. Quando pensava em como faria para pagar a dívida, Emmanuel lhe disse para não se preocupar e esperar. Algumas horas depois, alguém bateu à porta. Chico atendeu e viu um senhor da roça que lhe disse ter sabido da morte de seu irmão José, e que estava ali para pagar uma dívida que tinha com ele, de uma bainha para faca que José havia feito para ele há tempos. O homem lhe deu um envelope e se foi. Quando Chico abriu, encontrou a quantia exacta de onze cruzeiros."

Revista Espiritismo & Ciência - 18/09/2007

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Chico Xavier / Emmanuel

"No ano de 1931 ocorreu o primeiro contacto de ambos, no momento em que Chico esteve à sombra de uma árvore, à beira de uma represa, a orar. Neste instante, viu uma cruz luminosa, percebendo a figura de um senhor que vestia uma túnica sacerdotal. Ocorreu então o famoso diálogo entre Chico e Emmanuel:
- Está mesmo disposto a trabalhar na mediunidade?
- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem.
- Você não será desamparado, mas para isso é preciso que trabalhe, estude e se esforce no bem.
- O senhor acha que estou em condições de aceitar o compromisso?
- Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.
- Qual o primeiro ponto?
- Disciplina.
- E o segundo?
- Disciplina.
- E o terceiro?
- Disciplina, é claro. Temos algo a realizar. Trinta livros para começar. "

Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desprendimento da Alma

“Quanto à diferença de acuidade nas impressões, já podemos fazer uma idéia pelos sonhos chamados “emotivos”. A alma, quando desprendida, embora incompletamente, não só percebe, mas também sente com intensidade muito mais viva que no estado de vigília. Cenas, imagens, quadros, que, quando estamos acordados, nos impressionam fracamente, tornam-se no sonho causa de grande satisfação ou de vivo sofrimento. Isso nos dá uma idéia do que podem ser a vida dos Espíritos e seus modos de sensação, quando, separados do invólucro carnal, a memória e a consciência recuperam a plenitude de suas vibrações. Compreendemos desde logo como pode a reconstituição das recordações do passado converter-se em fonte de tormentos. A alma traz em si mesma o seu próprio juiz, a sanção infalível de suas obras, boas ou más.
Tem-se reconhecido isso em acidentes que podiam ter causado a morte. Em certas quedas, durante a trajectória percorrida pelo corpo humano a partir de um ponto elevado acima do solo, ou então na asfixia por submersão, a consciência superior da vítima passa em revista toda a vida gasta, com uma rapidez espantosa. Revê-a completamente em seus mínimos pormenores em poucos minutos.”

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, XI. – A vida no Além

Faculdades mais Amplas

“O Espírito adiantado possui fontes de sensações e percepções infinitamente mais extensas e mais intensas do que as do homem terrestre. Nele, a clarividência, a clariaudiência, a acção à distância, o conhecimento do passado e do futuro coexistem numa síntese indefinível, que constitui, segundo a expressão de F. Myers, “o mistério central da vida”. Falando das faculdades dos Invisíveis de situação média, esse autor assim se exprime:
“O Espírito, sem ser limitado pelo espaço e pelo tempo, tem do espaço e do tempo conhecimento parcial. Pode orientar-se, achar uma pessoa viva e segui-la. É capaz de ver no presente coisas que aparecem para nós como situadas no passado e outras que estão no futuro.
O Espírito tem conhecimento dos pensamentos e emoções que, da parte dos seus amigos, se referem a ele.” “

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, XI. – A vida no Além

Realidades mais Elevadas

“Nossas concepções e nossos sonhos seguem-nos por toda parte. No surto dos seus pensamentos e no ardor de sua fé, os adeptos de cada religião criam imagens nas quais supõem reconhecer os paraísos entrevistos. Depois, pouco a pouco, se apercebem de que essas criações são fictícias, de pura aparência e comparáveis a vastos panoramas pintados na tela ou a afrescos imensos. Aprendem, então, a desprender-se deles e aspiram a realidades mais elevadas, mais sensíveis. Sob nossa forma actual e no estreito limite de nossas faculdades, não poderíamos compreender as alegrias e os arroubos reservados aos Espíritos superiores, nem as angústias profundas experimentadas pelas almas delicadas que chegaram aos limites da perfeição. A beleza está por toda parte; só os seus aspectos variam ao infinito, segundo o grau de evolução ou depuração dos seres.”

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, XI. – A vida no Além

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Sonambulismo e o Estudo da Alma

“O magnetismo é hoje estudado metodicamente e, uma notável propriedade descoberta pelo marquês de Puységur lhe fez dar passos de gigante: queremos falar do sonambulismo provocado.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, Capítulo I – O Magnetismo, a sua História

O Magnetismo e a Alma

“Avicena, doutor famoso, que viveu de 980 a 1036, escreveu que a alma age não só sobre o seu próprio corpo, senão ainda sobre corpos estranhos que pode influenciar, à distância.
Ficin, em 1460, Cornélio Agripa, Pomponáceo em 1500 e sobretudo Paracelso, contemporâneo deles, estabeleceram as bases do magnetismo moderno, como devia ser ensinado mais tarde por Mésmer.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, Capítulo I – O Magnetismo, a sua História

Os Druidas e o Magnetismo

“Na Gália os druidas e as druidesas possuíam em alto grau a faculdade de curar, como o atestam muitos historiadores; a sua medicina magnética tornou-se tão célebre que os vinham consultar de todas as partes do Mundo. É fácil verificar quanto a sua fama era universal, consultando Tácito, Plínio e Celso. Na Idade Média, o magnetismo foi praticado, principalmente, pelos sábios. O clero, ignorante e supersticioso, temia a intervenção do diabo nessas operações um tanto estranhas, de sorte que esta ciência ficou sendo apanágio dos homens instruídos.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, Capítulo I – O Magnetismo, a sua História

O Magnetismo (Hipnotismo)

“A ciência magnética compreende certo número de divisões, conforme as diferentes categorias de fenómenos. Assinalaremos, aqui, os factos que se relacionam com o desprendimento da alma, deixando de lado o aspecto terapêutico dessa ciência cultivada pelos nossos antepassados.
Sem fazer a história detalhada do magnetismo, podemos lembrar que ele foi conhecido em todos os tempos. Os anais dos povos da antiguidade formigam em narrativas circunstanciadas, que mostram o profundo conhecimento que do magnetismo tinham os antigos sacerdotes.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, Capítulo I – O Magnetismo, a sua História

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Além que Criamos

“O pensamento cria, a vontade edifica. A causa de todas as alegrias e de todas as dores está na consciência e na razão; por isso é que, cedo ou tarde, encontramos no Além as criações dos nossos sonhos e a realização das nossas esperanças. Mas o sentimento da tarefa incompleta, ao mesmo tempo que os afectos e as lembranças, trazem novamente a maior parte dos Espíritos à Terra. Todas as almas encontram o meio que os seus desejos reclamam e hão de viver nos mundos sonhados, unidos aos seres que estimam; mas também aí encontrarão os prazeres ou os sofrimentos que o seu passado gerou.”

LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, XI. – A vida no Além