Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Esboço Fluídico

“Geoffroy Saint-Hilaire dizia: “O tipo segundo o qual a vida forma o corpo desde a origem é também aquele segundo o qual ela o entretém e repara. A vida é, ao mesmo tempo, formadora, conservadora e reparadora, sempre conforme esse modelo ideal, regra invariável de todos os seus actos.”
Esse modelo ideal está contido no ser material que se transforma sem cessar? Não, evidentemente; ele lhe é exterior, ou antes, é nele que se vêm incorporar as moléculas materiais; ele é esboço fluídico do ser. Se reflectirmos, com efeito, nas transformações múltiplas, incessantes, às quais está o corpo submetido, compreenderemos a necessidade dessa força directriz que indica aos átomos materiais o lugar que eles devem ocupar. Como conceber que o cérebro, instrumento tão frágil, tão complicado, cuja substância se renova continuamente, possa funcionar de maneira constante, se não existisse um modelo fluídico no qual as moléculas materiais se vêm incorporar?
Com a morte do corpo, não mais existindo esse duplo, tudo sucumbe, se degrada e destrói, em curto lapso de tempo. É este esboço fluídico que, diferindo segundo os indivíduos, conserva a estrutura particular de cada um, as formas gerais do corpo e da fisionomia que o fazem reconhecer durante o curso de sua existência.”

GABRIEL DELANNE, O Espiritismo Perante a Ciência, 4ª parte, Capítulo II – Provas da existência do perispírito – A sua utilidade – O seu papel

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