Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Legendas do tribuno espírita

…Porque pelas tuas palavras serás justificado…” – Jesus
(Mateus, 12:37.)

- Cultuar a beleza verbalista nas alocuções ou explicações que profira, alicerçando, porém, a palavra nas lições de Jesus.
- Confiar na segurança própria, mas atrair a inspiração de ordem superior, através da prece.
- Actualizar-se constantemente, examinando, todavia, as novidades antes de veiculá-las.
- Reverenciar a verdade; contudo, buscar o “lado bom” das situações e das pessoas, para o destaque preciso.
- Formar observações próprias, conduzindo, porém, as opiniões para o bem de todos.
- Aprender com as experiências passadas, estimulando, simultaneamente, as iniciativas edificantes na direcção do futuro.
- Enaltecer ideias e emoções, sem desprezar a linguagem compreensível e simples.
- Instruir o cérebro dos ouvintes, acordando neles, ao mesmo tempo, o desejo de cooperar no levantamento do bem.
- Falar construtivamente, mas ouvir os outros, a fim de lhes entender os problemas.
- Enriquecer a cultura dos companheiros de Humanidade, manejando a palavra digna; entretanto, estudar, quanto possível, de modo a ser sempre mais útil no aprimoramento geral.

EMMANUEL, Espírito in “Ceifa de Luz” – Legendas do tribuno espírita, psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Amor na Reencarnação

“O inconsciente receberá as novas informações, que serão arquivadas, e ressumarão, posteriormente, de forma agradável e cordial, estruturando a personalidade infanto-juvenil e proporcionando-lhe mais amplas aquisições que logrará com o tempo, conduzindo por aqueles a cujo lado recomeça a caminhada redentora.
Mesmo na adolescência, quando não se soube agir antes, deve-se tentar recuperar o filho, reconquistá-lo, conversando com ele, em estado de sono, perseverando-se em um relacionamento tranquilo e gentil, também durante a fase em que esteja desperto, agindo com amor ao invés de reagindo com ira ou zombaria, quando o mesmo apresente seus conflitos, suas dificuldades…
Não será o acto de falar, pura e simplesmente, mas a empatia, o contributo da emoção afectuosa com os quais a palavra se carregue, para alcançar a finalidade a que se destina.
Por fim, é conforme enunciou Jesus: “Tudo é possível àquele que crê”, para que os resultados felizes coroem a empresa do amor.”

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, ESPÍRITO in “Temas da Vida e da Morte” psicografia de DIVALDO PEREIRA FRANCO “REMINISCÊNCIAS E CONFLITOS PSICOLÓGICOS” (6/6)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Do relacionamento afectivo com o Reencarnante

“Desde que ainda não esteja concluída a reencarnação, o Espírito ouvirá e entenderá as sugestões positivas que lhe são apresentadas, o amor que lhe é oferecido, toda a gama de afeição que lhe é destinada.
Quantas vezes um conflito sexual não se originará, na criança, em face da decepção da mãezinha que esperava um varão e recebeu uma menina, ou vice-versa, e, vítima de imaturidade, declara o desagrado, explodindo em pranto injustificado, assim chocando o recém-nascido, que lhe recebe o rechaço, vindo a exteriorizá-lo, mais tarde, em forma de conflito!?
Sempre é tempo de reconsiderar-se a atitude, reconciliando-se com o ser menosprezado, graças ao grau de amor e à força do bem que se coloque no relacionamento afectivo lúcido, quando o mesmo estiver dormindo, portanto, em situação receptiva.”

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, ESPÍRITO in “Temas da Vida e da Morte” psicografia de DIVALDO PEREIRA FRANCO “REMINISCÊNCIAS E CONFLITOS PSICOLÓGICOS” (5/6)

Do afecto dos pais ao Reencarnante

“Não nos referimos aqui ao capítulo adicional das obsessões, que exercem forte interferência no quadro complexo da reencarnação, respondendo por graves injunções, no comportamento infantil.
Detemo-nos, apenas, nas reminiscências, ora do domínio do inconsciente actual, que irrigam a consciência com temores e conflitos, produzindo estados de desequilíbrio, que poderiam ser evitados.
Enurese nocturna, irritabilidade, pavores de toda espécie, timidez, ansiedade encontram nas ocorrências da vida fetal, em relação à mãe e aos demais familiares, muitas das suas causas.
Não obstante, é possível minimizar-lhes as consequências, através de uma atitude firme e afectuosa dos pais, particularmente da mãe, utilizando-se do sono do filhinho para infundir-lhe coragem e anular-lhe as impressões negativas, envolvendo-o em amor e conversando com ele, com sincero carinho, transmitindo-lhe a confiança de que romperá a barreira invisível das dificuldades, enfim, alcançando-lhe o íntimo.”

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, ESPÍRITO in “Temas da Vida e da Morte” psicografia de DIVALDO PEREIRA FRANCO “REMINISCÊNCIAS E CONFLITOS PSICOLÓGICOS” (4/6)

O ambiente familiar na Reencarnação

“O Espírito é o herdeiro das próprias conquistas passadas, graças às quais se expressa no campo da actividade nova.
No entanto, os comportamentos familiares influem sobre a conduta do reencarnante, que se impregna – especialmente quando se trata de Espírito imperfeito – dos conflitos e das vibrações perniciosas que lhe irão influenciar profundamente o procedimento.
Reacções de vária ordem se manifestarão na criança, como resultantes da insegurança que experimenta no berço novo, desdobrando-se em rebeldia e insatisfação, nervosismo e incapacidade intelectual, durante a infância e a adolescência, com agravantes para o futuro, caso o amor dos pais não interrompa a caudal das reminiscências infelizes.
O auxílio do psicólogo, a terapia cuidadosa ajudam no mecanismo de reajustamento da criança, todavia, aos pais cumpre a tarefa maior, assistindo e amparando o filhinho temeroso e desconfiado, necessitado de segurança e tranquilidade.”

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, ESPÍRITO in “Temas da Vida e da Morte” psicografia de DIVALDO PEREIRA FRANCO “REMINISCÊNCIAS E CONFLITOS PSICOLÓGICOS” (3/6)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O Espírito no trajecto da Reencarnação

“Graças à simpatia ou animosidade que o vinculam aos futuros genitores, estes reagem de forma positiva ou não, envolvendo o filho em ondas de ternura ou revolta que o mesmo assimila, transformando-se essas impressões em fobias ou desejos que exteriorizará na infância e poderá fixar, indelevelmente, na idade adulta.
Porque lúcido, acompanhando o mergulho na organização física, percebe-se desejado ou reprovado, registando os estados familiares, bem como os conflitos domésticos do meio onde irá viver.
Vezes ocorrem, em que o pavor se torna tão grande, que o Espírito desiste da reencarnação ou, em desespero, interrompe o programa traçado, resultando em aborto natural a gestação em andamento.
Os meses de ligação física com a mãe são, também, de vinculação psíquica, em que o recomeçante em sofrimento pede apoio e amparo, ou, se ditoso, roga ternura para o fiel cumprimento do plano feliz que se encontra em execução.
Adicionando-se às leis do mérito os fenómenos emocionais dos futuros pais, esses resultarão em heranças, que fazem pressupor semelhanças com o clã, estudadas pelas modernas leis da genética.
- Tal pai, qual filho – afirma o refrão popular, demonstrando a força dos genes e cromossomas nos códigos da hereditariedade.
A verdade, porém, é diversa.
Se ocorrem semelhanças físicas e até psicológicas, estas adquiridas mediante convivência familiar, o mesmo não se dá nos campos moral e intelectual.”

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, ESPÍRITO in “Temas da Vida e da Morte” psicografia de DIVALDO PEREIRA FRANCO “REMINISCÊNCIAS E CONFLITOS PSICOLÓGICOS” (2/6)

O processo da Reencarnação

“O processo da reencarnação está a exigir estudos acurados por embriogenistas, biólogos e psicólogos, de modo a poderem penetrar nos seus meandros, que lhes permanecem ignorados, o que dá margem, nessas áreas de estudo, quando diante de determinados acontecimentos, a opiniões sem fundamentação, porque destituídas do conhecimento das causas, cujos efeitos contemplam.
Iniciando-se, no momento da fecundação, alonga-se o processo reencarnatório até à adolescência do ser, quando, a pouco e pouco, atinge a plenitude. (1)
As impressões mais fortes das existências passadas fixam-se no corpo em formação, através de deficiências físicas ou psíquicas, saúde ou inteligência, de acordo com o tipo de comportamento que caracteriza o estado evolutivo do Espírito.
Estabelecidos os programas cármicos referentes às necessidades de cada ser, outros factores contribuem, durante a gestação e o parto, para ulteriores fenómenos psicológicos no reencarnante.

(1) Nota da Editora: Consultado o Espírito Manoel P. de Miranda, este esclareceu, por intermédio de Divaldo Franco, que mesmo terminado aos 7 anos o processo reencarnatório, este se vai fixando, lentamente, até ao momento da transformação da glândula pineal, na sua condição de veladora do sexo.”

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, ESPÍRITO in “Temas da Vida e da Morte” psicografia de DIVALDO PEREIRA FRANCO “REMINISCÊNCIAS E CONFLITOS PSICOLÓGICOS” (1/6)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Legendas do literato espírita

…Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede de Deus.
– Jesus
(Mateus, 4:4.)

- Optar, como deseje, por essa ou aquela escola literária respeitável, mas vincular a própria obra aos ensinamentos de Jesus.
- Emitir com dignidade os conceitos que espose: no entanto, afeiçoar-se, quanto possível, ao hábito da prece, buscando a inspiração dos Planos Superiores.
- Exaltar o ideal, integrando-se, porém, com a realidade.
- Cultivar os primores do estilo, considerando, em todo o tempo, a responsabilidade da palavra.
- Enunciar o que pense; entretanto, abster-se de segregação nos pontos de vista pessoais, em detrimento da verdade.
- Aperfeiçoar os valores artísticos; todavia, evitar o hermetismo que obstrua os canais de comunicação com os outros.
- Entesourar os recursos da inteligência, mas reconhecer que a cultura intelectual, só por si, nem sempre é fundamento absoluto na obra de sublimação do espírito.
- Devotar-se à firmeza, na exposição dos princípios que abraça, sem fomentar a discórdia.
- Valorizar os amigos, agradecendo-lhes o concurso; no entanto, nunca desprezar os adversários ou subestimar-lhes a importância.
- Conservar a certeza do que ensina, mas estudar sempre, a fim de ouvir com equilíbrio, ver com segurança, analisar com proveito e servir mais.

EMMANUEL, Espírito in “Ceifa de Luz” – Legendas do literato espírita, psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

terça-feira, 5 de abril de 2011

O laço entre o Espírito e a matéria

“A união da alma com o corpo efectua-se por meio do invólucro fluídico, o perispírito, de que muitas vezes temos falado. Subtil por sua natureza, vai ele servir de laço entre o Espírito e a matéria. A alma está presa ao gérmen por esse “mediador plástico”, que vai retrair-se, condensar-se cada vez mais, através das fases progressivas da gestação, e formar o corpo físico. Desde a concepção até ao nascimento, a fusão opera-se lentamente, fibra por fibra, molécula por molécula. Pelo afluxo crescente dos elementos materiais e da força vital fornecidos pelos genitores, os movimentos vibratórios do perispírito da criança vão diminuir e restringirem-se, ao mesmo tempo em que as faculdades da alma, a memória, a consciência esvaem-se e aniquilam-se. É a essa redução das vibrações fluídicas do perispírito, à sua oclusão na carne que se deve atribuir a perda da memória das vidas passadas. Um véu cada vez mais espesso envolve a alma e apaga-lhe as radiações interiores. Todas as impressões da sua vida celeste e do seu longo passado volvem às profundezas do inconsciente e a emersão só se realiza nas horas de exteriorização ou por ocasião da morte, quando o Espírito, recuperando a plenitude dos seus movimentos vibratórios, evoca o mundo adormecido das suas recordações.”

DENIS, LÉON in “O Problema do ser, do destino e da dor” Segunda Parte/O Problema do Destino, XIII – As vidas sucessivas. A reencarnação e suas Leis, (6/6)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Reencarnação e o parentesco

“As condições da reencarnação não permitem que nossas situações recíprocas se invertam; quase sempre se conservam os graus respectivos de parentesco. Algumas vezes, em caso de impossibilidade, um filho poderá vir a ser o irmão mais novo do seu pai de outros tempos, a mãe poderá renascer irmã mais velha do filho. Em casos excepcionais, e somente a pedido dos interessados, podem inverter-se as situações. Os sentimentos de delicadeza, de dignidade, de mútuo respeito que sentimos na Terra não podem ser desconhecidos no mundo espiritual. Para supô-lo, é preciso ignorar a natureza das leis que regem a evolução das almas!
O Espírito adiantado, cuja liberdade aumenta na razão directa da sua elevação, escolhe o meio onde quer renascer, ao passo que o Espírito inferior é impelido por uma força misteriosa a que obedece instintivamente; mas todos são protegidos, aconselhados, amparados na passagem da vida do espaço para a existência terrestre, mais penosa, mais temível que a morte.”

DENIS, LÉON in “O Problema do ser, do destino e da dor” Segunda Parte/O Problema do Destino, XIII – As vidas sucessivas. A reencarnação e suas Leis, (5/6)

sábado, 2 de abril de 2011

O Amor a força das forças

“Acusa-se a doutrina das reencarnações de amesquinhar a idéia de família, de inverter e confundir as situações que ocupam, uns em relação aos outros, os Espíritos unidos por laços de parentesco, por exemplo, as relações de mãe para filho, de marido para mulher, etc.; o contrário é que é a verdade. Na hipótese de uma vida única, os Espíritos dispersam-se depois de breve coabitação e, muitas vezes, tornam-se estranhos uns aos outros. Segundo a doutrina católica, as almas permanecem, depois da morte, em lugares diversos, segundo os seus méritos, e os eleitos são para sempre separados dos réprobos. Assim, os laços de família e de amizade, formados por uma vida transitória, afrouxam-se na maior parte dos casos e até se quebram de vez; ao passo que, pelos renascimentos, os Espíritos reúnem-se de novo e prosseguem em comum as suas peregrinações através dos mundos, tornando-se, assim, a sua união cada vez mais íntima e profunda.
Nossa ternura espontânea por certos seres deste mundo explica-se facilmente. Já os havíamos conhecido, em outros tempos, já os encontráramos. Quantos esposos, quantos amantes não têm sido unidos por inúmeras existências, percorridas dois a dois! Seu amor é indestrutível, porque o amor é a força das forças, o vínculo supremo que nada pode destruir.”

DENIS, LÉON in “O Problema do ser, do destino e da dor” Segunda Parte/O Problema do Destino, XIII – As vidas sucessivas. A reencarnação e suas Leis, (4/6)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Famílias espirituais

“A que regras está sujeito o regresso da alma à carne? As da atracção e da afinidade. Quando um Espírito encarna, é atraído para um meio conforme as suas tendências, ao seu carácter e grau de evolução. As almas seguem umas às outras e encarnam por grupos, constituem famílias espirituais, cujos membros são unidos por laços ternos e fortes, contraídos durante existências percorridas em comum. Às vezes esses Espíritos são temporariamente afastados uns dos outros e mudam de meio para adquirirem novas aptidões. Assim se explicam, segundo os casos, as analogias ou dessemelhanças que caracterizam os membros de uma mesma família, filhos e pais; mas sempre aqueles que se amam tornam, cedo ou tarde, a encontrar-se na Terra, como no espaço.”

DENIS, LÉON in “O Problema do ser, do destino e da dor” Segunda Parte/O Problema do Destino, XIII – As vidas sucessivas. A reencarnação e suas Leis, (3/6)

O desatar dos laços

“É necessário aprendermos primeiramente a desatar os laços que nos amarram à Terra, para depois levantarmos o vôo em direcção a mundos mais elevados. Arrancar as almas terrestres ao seu meio, antes do termo da evolução especial a esse meio, fazê-las transmigrar para esferas superiores, antes de terem realizado os progressos necessários, seria desarrazoado e imprudente. A Natureza não procede assim; sua obra desenrola-se majestosa, harmônica em todas as suas fases. Os seres, cuja ascensão suas leis dirigem, não deixam o campo de acção senão depois de terem adquirido virtudes e potências capazes de lhes darem entrada num domínio mais elevado da Vida Universal.”

DENIS, LÉON in “O Problema do ser, do destino e da dor” Segunda Parte/O Problema do Destino, XIII – As vidas sucessivas. A reencarnação e suas Leis, (2/6)

Existências planetárias

“As existências planetárias põem-nos em relação com uma ordem completa de coisas que constituem o plano inicial, a base de nossa evolução infinita, e se acham em perfeita harmonia com o nosso grau de evolução; mas essa ordem de coisas e a série das vidas que com ela se relacionam, por mais numerosas que sejam, representam uma fracção ínfima da existência sideral, um instante na duração ilimitada dos nossos destinos.
A passagem das almas terrestres para outros mundos só pode ser efectuada sobre o regime de certas leis. Os globos que povoam a extensão diferem entre si por sua natureza e densidade. A adaptação dos invólucros fluídicos das almas a esses meios novos somente é realizável em condições especiais de purificação. É impossível aos Espíritos inferiores, na vida errática, penetrarem nos mundos elevados e lhes descreverem as belezas aos nossos médiuns. Encontra-se a mesma dificuldade, maior ainda, quando se trata da reencarnação nesses mundos. As sociedades que os habitam, por seu estado de superioridade, são inacessíveis à imensa maioria dos Espíritos terrestres, ainda demasiadamente grosseiros, em insuficiente grau de elevação. Os sentimentos psíquicos dos últimos, muito pouco apurados, não lhes permitiriam viver da vida subtil que reina nessas esferas longínquas. Achar-se-iam lá como cegos na claridade ou surdos num concerto. A atracção que lhes encadeia os corpos fluídicos ao planeta prende-lhes, do mesmo modo, o pensamento e a consciência às coisas inferiores. Seus desejos, seus apetites, seus ódios, até mesmo seu amor, fazem-nos voltar a este mundo e ligam-nos ao objecto da sua paixão.”

DENIS, LÉON in “O Problema do ser, do destino e da dor” Segunda Parte/O Problema do Destino, XIII – As vidas sucessivas. A reencarnação e suas Leis, (1/6)

Em ti próprio

De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” – Paulo.
(Romanos, 14:12.)

- Escutarás muita gente a falar de compreensão e talvez que, sobre o reflexo condicionado, repetirás os belos conceitos que ouviste, através de prelecções que te angariarão simpatia e respeito.
Entretanto, se não colocares o assunto nas entranhas da alma, situando-te no lugar daqueles que precisam de entendimento, quase nada saberás de compreensão, além da certeza de que temos nela preciosa virtude.
- Falarás de paciência e assinalarás muitas vozes, em torno de ti, referindo-se a ela, no entanto, se no íntimo do próprio ser não tens necessidade de sofrer por algum ente amado, muito pouco perceberás, acerca de calma e tolerância.
- Exaltarás o amor, a bondade, a paz e a união, mas se nas profundezas do espírito não sentires, algum dia, o sofrimento a ensaiar-te o valor da nota de consolação sobre a dor de que te lamentas; a significação da migalha de socorro que outrem te estenda em teus dias de carência material; a importância da desculpa de alguém a essa ou àquela falta que cometeste e o poder do gesto de pacificação da parte de algum amigo que te restituiu a harmonia, em tuas próprias vivências, ignorarás realmente o que sejam entendimento e generosidade, perdão e segurança íntima.
- Seja qual for a dificuldade em que te vejas, abstém-te de carregar o fardo das aflições e das perguntas sem remédio.
Penetra no silêncio da própria alma, escuta os pensamentos que te nascem do próprio ser e reconhecerás que a solução fundamental de todos os problemas da vida surgirá de ti mesmo.

EMMANUEL, Espírito in “Ceifa de Luz” – Em ti próprio, psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER