Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Em ti próprio

De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” – Paulo.
(Romanos, 14:12.)

- Escutarás muita gente a falar de compreensão e talvez que, sobre o reflexo condicionado, repetirás os belos conceitos que ouviste, através de prelecções que te angariarão simpatia e respeito.
Entretanto, se não colocares o assunto nas entranhas da alma, situando-te no lugar daqueles que precisam de entendimento, quase nada saberás de compreensão, além da certeza de que temos nela preciosa virtude.
- Falarás de paciência e assinalarás muitas vozes, em torno de ti, referindo-se a ela, no entanto, se no íntimo do próprio ser não tens necessidade de sofrer por algum ente amado, muito pouco perceberás, acerca de calma e tolerância.
- Exaltarás o amor, a bondade, a paz e a união, mas se nas profundezas do espírito não sentires, algum dia, o sofrimento a ensaiar-te o valor da nota de consolação sobre a dor de que te lamentas; a significação da migalha de socorro que outrem te estenda em teus dias de carência material; a importância da desculpa de alguém a essa ou àquela falta que cometeste e o poder do gesto de pacificação da parte de algum amigo que te restituiu a harmonia, em tuas próprias vivências, ignorarás realmente o que sejam entendimento e generosidade, perdão e segurança íntima.
- Seja qual for a dificuldade em que te vejas, abstém-te de carregar o fardo das aflições e das perguntas sem remédio.
Penetra no silêncio da própria alma, escuta os pensamentos que te nascem do próprio ser e reconhecerás que a solução fundamental de todos os problemas da vida surgirá de ti mesmo.

EMMANUEL, Espírito in “Ceifa de Luz” – Em ti próprio, psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

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