Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Alma acto e potência

“Os exemplos históricos de homens enérgicos, dotados de grande força de vontade, de fortes expressões de carácter, de perseverança e de virtudes, desmentiram essas últimas objecções do materialismo contemporâneo e mostraram que as faculdades intelectuais e morais nada têm a ver com a Química, e que o espírito reside num mundo distinto do material, superior às vicissitudes e movimentos transitórios do mundo físico.
Nossa alma não permitiu que a dignidade humana, a liberdade, os sagrados princípios do belo, do bom, do verdadeiro, fossem envolvidos no caos da hipótese materialista.
Esta declaração dos direitos da alma tem por epígrafe a proposição do doutor angélico: a alma conforma o corpo e nele se contém em acto e em potência.
As três grandes divisões que vimos de resumir tiveram por complemento natural as nossas considerações sobre a destinação dos seres e das coisas. Comentamos o erro e o ridículo dos que tudo ligam ao homem, bem como o seu oposto, que nega a existência de um plano na Natureza. As leis organizadoras da vida, a maravilhosa construção dos órgãos e dos sentidos, nos revelam uma causa inteligente na instalação da vida planetária. A hipótese da formação dos seres vivos sob a acção de uma força universal instintiva, e da transformação das espécies, longe de anularem a idéia do Criador, deixaram intactas a sua omnipotência e sabedoria.”

CAMILLE FLAMMARION, Deus na Natureza, Tomo V – DEUS, (7 de 7)
(imagem: Ascensão de Cristo, Salvador Dali)

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