Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Inteligência desconhecida…

“Nosso exame do papel da força, na Natureza começou pela perspectiva das grandezas celestes. Vimos que na imensidade do Espaço os mundos obedecem a uma lei matemática e que é à execução dessa lei que devemos a harmonia dos movimentos celestes, a fecundidade dos astros, a manutenção dos seres em cada mundo, a vida e a beleza do Universo, em suma. A matéria inerte não se nos figurou capaz de compreender e aplicar o cálculo infinitesimal, e então concluímos que a ordem numérica da organização astronómica é devida a um Espírito, indubitavelmente superior ao dos astrónomos que descobriram a fórmula dessas leis. As contraditas que nos opõem refutam-se de si mesmas, por suas respectivas puerilidades.
O exame das leis que presidem às combinações químicas, do papel da álgebra e da geometria no microcosmo, das forças que regem os fenómenos do mundo inorgânico e ordenam as viagens atómicas, das harmonias reveladas nas vibrações luminosas, como nas cónicas, e do primeiro surto da força orgânica no reino vegetal, nos demonstrou que na Terra, como no céu, uma inteligência desconhecida tudo ordena e se traduz em beleza e grandeza máximas.”

CAMILLE FLAMMARION, Deus na Natureza, Tomo V – DEUS, (2 de 7)

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