“Esse estudo geral da vida terrestre tem por epígrafe a proposição fundamental da obra de Arístoto: A alma é a causa eficiente e o princípio organizador dos corpos vivos.
Mas, é sobretudo no próprio homem que temos reconhecido mais evidente e inatacável soberania da força. Nosso exame do cérebro revelou, desde logo, a ilusão dos metafísicos que desdenham o laboratório e a dissecação, pretendendo limitar a Natureza a uma simples definição. Esse exame serviu para estabelecer as relações do cérebro com o pensamento, e mostrou que a sua composição, forma, volume e peso, estão longe de ser estranhos à alma. A acção do espírito sobre o cérebro ressaltou, íntegra, da fisiologia para afirmar-se no seu real valor. As hipóteses que resultaram na conceituação do pensamento como secreção de substância cerebral, ou como dinamismo nervoso, só conseguiram notabilizar-se pela sua inanidade. A presença da alma evidenciou-se até nos fenómenos de loucura. O génio apareceu-nos como a faculdade máxima de pensar.”
CAMILLE FLAMMARION, Deus na Natureza, Tomo V – DEUS, (5 de 7)
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