Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

domingo, 20 de março de 2011

Tarefas dos Espíritos superiores

“Entre os seres que atingiram certo grau de elevação, uns velam pelo cumprimento dos desígnios de Deus, nos grandes destinos do Universo; dirigem a marcha dos acontecimentos e concorrem para o progresso dos mundos; outros tomam os indivíduos sob a sua protecção e se constituem os seus génios tutelares, guias espirituais, que os acompanham do nascimento à morte, procurando dirigi-los na senda do bem; é uma felicidade, quando os seus esforços são coroados de êxito. Alguns se encarnam em mundos inferiores, para aí exercerem missões de progresso; procuram, pelos seus trabalhos, os seus exemplos, os seus conselhos, os seus ensinos, fazê-los avançar nas ciências, nas artes, ou na moral. Submetem-se, então, voluntariamente, às vicissitudes de uma vida corporal, muitas vezes penosa, com o fim de praticar o bem e isso lhes é contado. Muitos, enfim, não têm atribuições especiais; vão a toda a parte onde a sua presença pode ser útil, dar conselhos, inspirar boas ideias, sustentar as coragens titubeantes, dar força aos fracos e castigar os presunçosos.
Se considerarmos o número infinito dos mundos que povoam o Universo e a quantidade incalculável de seres que os habitam, conceber-se-á o que existe ocupação para todos. Os diversos trabalhos nada têm de penoso, eles o fazem voluntariamente e não por constrangimento e, a felicidade consiste em conseguir o que empreendem. Ninguém pensa na ociosidade eterna, que seria um suplício. Quando as circunstâncias o exigem, eles se reúnem em conselhos, deliberam sobre o que devem fazer, dão ordens aos Espíritos subordinados e se dirigem em seguida para onde o dever os chama. Essas assembleias são gerais ou particulares, conforme a importância do assunto; nenhum lugar especial é destinado a essas reuniões; o espaço é o domínio dos Espíritos; entretanto elas se limitam em geral aos globos que constituem o seu objectivo.
Os Espíritos encarnados nesses mundos e que têm uma missão a cumprir assistem muitas vezes a essas assembleias. Enquanto os seus corpos repousam, vão haurir conselhos entre os outros Espíritos, muitas vezes receber ordens sobre a conduta que devem manter como homens. Ao despertar não têm, é verdade, lembrança precisa do que se passou, mas possuem a intuição que os faz agir, inconscientemente.”

DELANNE, GABRIEL in “O Espiritismo Perante a Ciência” 4ª parte, Capítulo III, O perispírito durante a desencarnação – A sua composição – A vida do Espírito

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