Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

domingo, 20 de março de 2011

Espíritos no estado errante

“Tal é a situação geral dos Espíritos no estado que se chama errante; mas nesta situação, que fazem eles? Em que passam o tempo? Esta questão é para nós de um interesse capital. Importa-nos, com efeito, fixar-nos sobre este ponto, porque é do nosso futuro espiritual que se trata, não sendo descabidos os mais circunstanciados detalhes. Aliás, são os próprios Espíritos que respondem a estas interrogações, porque em tudo o que expusemos até então, nenhuma coisa é devida à imaginação. Extraímos do ensino de Allan Kardec todas as informações necessárias e ele próprio baseou a sua teoria nas comunicações recebidas de todas as partes do globo; ela oferece, pois, todos os caracteres da verdade. Pondo-se de parte qualquer opinião sobre o Espiritismo, convir-se-á que esta teoria da vida no além-túmulo nada tem de irracional; ela apresenta uma sequência, um encadeamento perfeitamente lógico, do qual mais de um filósofo poderia honrar-se.
Já o dissemos, seria grave erro acreditar que a vida dos Espíritos é ociosa; pelo contrário, é essencialmente activa e todos os Espíritos nos falam de suas ocupações; elas diferem, necessariamente, conforme o ser é errante ou encarnado. Na encarnação, são relativas à natureza dos globos em que eles habitam, às necessidades, que dependem do estado físico e moral desses globos, assim como da organização dos seres vivos.
Os dados da Ciência, expostos com tão luminosa clareza nas Terras do Céu, por Camille Flammarion, já nos dão ideia do que é a vida na superfície dos planetas de nosso sistema solar. O nosso fim não é recomeçar o que tão bem fez o célebre astrónomo; não falaremos senão dos Espíritos errantes.”

DELANNE, GABRIEL in “O Espiritismo Perante a Ciência” 4ª parte, Capítulo III, O perispírito durante a desencarnação – A sua composição – A vida do Espírito

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