Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

domingo, 20 de março de 2011

Espíritos menos elevados

“Descendo na hierarquia, encontramos Espíritos menos elevados, menos esclarecidos, mas que não deixam de ser bons e, que, numa esfera de actividade mais restrita, preenchem funções análogas. A acção deles, em vez de estender-se aos diferentes mundos, exerce-se especialmente sobre determinado globo, em relação com o seu grau de adiantamento; a sua influência é mais individual e tem por objecto acções menos importantes.
Vem em seguida a multidão dos Espíritos vulgares, mais ou menos bons ou maus, que pululam em torno de nós. Eles se elevam pouco acima da humanidade, da qual representam todos os matizes e são como que o reflexo, porque dela têm todos os vícios e todas as virtudes; em grande número deles, reencontram-se os gostos, as ideias, os pendores que tinham em vida; as faculdades lhes são limitadas, o julgamento falível como o dos homens, muitas vezes erróneo e imbuído de preconceitos.
Noutros, o senso moral é mais desenvolvido; sem grande superioridade nem profundeza, julgam mais judiciosamente e condenam o que fizeram, disseram ou pensaram durante a vida. Aliás, há isto de notável, é que mesmo entre os Espíritos mais ordinários, há na maior parte, sentimentos mais puros na erraticidade que na encarnação; a vida espiritual os esclarece sobre os seus defeitos e, com poucas excepções, arrependem-se amargamente e lamentam o mal que fizeram, pelo qual sofrem mais ou menos cruelmente.
O endurecimento absoluto é muito raro e apenas temporário, porque, cedo ou tarde, se lamentam do seu estado. Pode-se dizer que todos aspiram à perfeição, porque percebem que é o único meio de saírem da posição inferior que ocupam.”

DELANNE, GABRIEL in “O Espiritismo Perante a Ciência” 4ª parte, Capítulo III, O perispírito durante a desencarnação – A sua composição – A vida do Espírito

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