Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Dos Costumes às Relações Sociais

“Toda a doutrina de Cristo se funda sobre o carácter que ele atribui à Divindade. Com um Deus imparcial, soberanamente justo, bom e misericordioso, conseguiu fazer do amor de Deus e da caridade para o próximo a condição expressa da redenção e dizer: «Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.» Sobre esta única crença, conseguiu estabelecer o princípio da igualdade dos homens perante Deus e da fraternidade universal. Mas era possível amar aquele Deus de Moisés? Não; só podemos temê-lo.
Esta revelação dos verdadeiros atributos da Divindade, juntamente com a da imortalidade da alma e da vida futura, modificava profundamente as relações mútuas dos homens, impunha-lhes novas obrigações, fazia com que encarassem a vida actual sob uma outra luz; devia, por isso mesmo, actuar sobre os costumes e as relações sociais. Incontestavelmnete, pelas suas consequências, este é o ponto capital da revelação de Cristo e de que não se compreendeu suficientemente a importância; é lamentável dizer que este é também o ponto de que mais nos afastámos, em que mais nos enganámos na intervenção dos seus ensinamentos.”

KARDEC, ALLAN in “A GÉNESE” Os Milagres e as Profecias Segundo o Espiritismo – Capítulo I “Natureza e Revelação Espírita” 25.

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