Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Plenitude da Vida

“Quando se tem a convicção profunda dessa permuta universal da matéria, que irmana, do ponto de vista da composição orgânica, a fronde e o pássaro, o peixe e a plaga, o homem e a fera, considera-se a Natureza sob a impressão da grande unidade que preside à marcha das coisas. Ela, a Natureza, se nos apresenta, então, completamente transfigurada e não deixa de ser com um interesse mais íntimo que encaramos o sistema geral da vida planetária. A. de Humboldt traçou a sua fisionomia num esboço amplo, que tem o mérito de reivindicar considerações especiais a respeito. “Quando o homem interroga com argúcia penetrante a Natureza – diz ele – ou quando mede, na sua imaginação, os vastos espaços da criação orgânica, de todas as emoções experimentadas a mais poderosa e profunda é a da plenitude da vida, universalmente difundida. Por toda a parte, até nos pólos congelados, o ar repercute o canto das aves e o zumbido dos insectos.”

FLAMMARION, CAMILLE in “Deus na Natureza” Tomo II “A Vida” I – Circulação da Matéria

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