Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Memória e Individualidade da Alma

“Pela instrução desenvolvemos certos compartimentos do cérebro, nos quais se vêm registar as aquisições intelectuais; ora, essas modificações são reproduzidas pelo perispírito. Segue-se que levamos para a morte a nossa bagagem científica e moral e, quando voltamos a reencarnar, temos em gérmen no cérebro tudo o que havíamos fixado anteriormente. Eis por que as crianças, às vezes, nos maravilham com a precocidade de sua inteligência e pela aptidão com que assimilam todas as ciências. Nesse caso, para essa criança, aprender é recordar, como dizia Platão.
Assim como trazemos para a Terra as qualidades precedentemente conquistadas, temos também os vícios que não nos deixam e contra os quais precisamos lutar energicamente para deixá-los. É esse conjunto de virtudes e de paixões que constitui a individualidade de cada homem; pela nossa doutrina, compreende-se a diversidade das inteligências desde o berço, ao passo que as demais filosofias emudecem nesse ponto. A alma desde a concepção forma o seu invólucro, não talvez de maneira consciente, mas efectiva, entretanto.
É durante a gestação que o espírito fluidifica a genitora; que, aos poucos, incorpora os elementos que lhe devem formar o corpo humano e, que o cérebro material se modela pelo cérebro do perispírito. Os defeitos físicos de uma encarnação anterior podem, por vezes, influenciar o duplo fluídico de tal forma, que as modificações orgânicas se reproduzem, ainda, na encarnação seguinte. Daí as crianças enfermas, disformes, apesar de boa saúde e excelente constituição dos pais.”

DELANNE, GABRIEL in “O Espiritismo Perante a Ciência” 4ª parte, Capítulo II  “Provas da existência do perispírito – A sua utilidade – O seu papel”

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