Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Divino e a Ciência

“Pela sua natureza, a revelação espírita possui um carácter duplo: respeita simultâniamente a revelação divina e a revelação ciêntífica. Está ligada à primeira no que o seu advento tem de providencial, não sendo resultado da iniciativa e de um intento premeditado do homem; por os pontos fundamentais da doutrina serem resultantes do ensinamento dado pelos Espíritos encarregados por Deus de esclarecerem os homens sobre coisas que ignoravam, que não podiam aprender sozinhos e que é importante conhecerem, hoje que estão preparados para as compreenderem. Liga-se à segunda por este ensinamento não ser privilégio de nenhum indivíduo e ser dado a toda a gente através da mesma via; por os que o transmitem e os que o recebem não serem de forma nenhuma seres passivos, dispensados do trabalho de observação e de pesquisa; que não abdicam da sua opinião nem do seu livre-arbítrio; que o controlo não lhes é interdito, sendo antes, pelo contrário recomendado; enfim, porque a doutrina não foi ditada em todas as suas partes nem imposta à crença cega; que é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos factos que os Espíritos lhes colocam dabaixo dos olhos e das instruções que lhe dão, instruções que estuda, comenta e de que retira ele mesmo as consequências e as aplicações. Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o facto de a fonte ser divina, a iniciativa pertencer aos Espíritos e a sua elaboração ser consequência do trabalho do homem.”

KARDEC, ALLAN in “A GÉNESE” Os Milagres e as Profecias Segundo o Espiritismo – Capítulo I “Natureza e Revelação Espírita” 13.

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