Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Perispírito, seus atributos

“Não reproduziremos os numerosos exemplos de bicorporeidade que encontramos nos livros especiais, bastando os que temos citado para estabelecer, de maneira peremptória, a existência do perispírito. A fisiologia, como vimos, une-se à observação e à filosofia, para demonstrar a existência, no homem, de um duplo fluídico, que é o molde do corpo, o seu tipo e, que, sem variar como a matéria, conserva, seguindo as evoluções do ser, a fisionomia da individualidade.
É no perispírito que se gravam a lembrança, é nele que os conhecimentos se incorporam e, porque é imutável, conservamos, apesar das incessantes transformações de que o corpo é objecto, a recordação do que se passou em tempo longínquo.
É ele que constitui a identidade do ser, é com ele que se vive, que se pensa, que se ama, que se ora. É, enfim, com ele que nos encontramos depois da morte, desprendidos somente da matéria terrena, mas conservando os nossos hábitos, os nossos gostos, a nossa maneira de ver; idênticos, enfim, com excepção do corpo que tínhamos na terra.
Isso prova que o mundo dos Espíritos é tal como o nosso, que contém seres em todos os graus da escala intelectual, desde os selvagens ignorantes até aos homens versados no estudo das ciências. Explicamos, também, pela imortalidade desse invólucro os surtos do progresso. É evidente que quanto mais depurado é o perispírito, tanto mais vivas são as sensações. A alma actua no envoltório fluídico pela vontade, que é uma força muito poderosa, como verificamos com Claude Bernard. O cérebro humano, reprodução material dessa parte do fluido perispiritual é, de alguma sorte, um instrumento sobre o qual o Espírito actua; quanto mais perfeito é o aparelho, mais belo é o resultado obtido; assim, um artista que possua um bom violino, mais agradáveis melodias fará ouvir.”

DELANNE, GABRIEL in “O Espiritismo Perante a Ciência” 4ª parte, Capítulo II  “Provas da existência do perispírito – A sua utilidade – O seu papel”

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