Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

terça-feira, 13 de março de 2012

a pedra e o joio~


Conteúdo resumido

   Defensor implacável da pureza doutrinária do Espiritismo, Herculano Pires
nesta obra faz uma rigorosa crítica à obscura
“Teoria Corpuscular do Espírito”, de Hernani Guimarães Andrade, formulada em sua obra que leva o mesmo título. Mais uma vez Herculano demonstra a sua grande preocupação com as distorções conceptuais e doutrinárias que ocorrem no meio espírita.

   Afirma o autor que a vaidade e a ambição levam muita gente a dar passos mais largos do que as pernas permitem. É o que hoje se vê, de maneira assustadora, no meio espírita. Multiplicam-se os casos de fascinação. Pessoas que podiam ser valiosas se transformam em focos de confusão e perturbação, com a sustentação de teorias absurdas que levam a doutrina ao ridículo.

   Este pequeno livro traz ensinamentos indispensáveis que nos auxiliam a “separarmos o joio do trigo” e evitarmos confusões na interpretação dos conceitos da Doutrina Espírita.

A Pedra

   O símbolo da pedra de toque é usado neste livro para representar a Codificação do Espiritismo. Qualquer novidade que apareça no meio doutrinário pode revelar a sua legitimidade ou a sua falsidade num simples toque dos seus princípios com os da doutrina codificada. Na crítica aprofundada que faz da “Teoria Corpuscular do Espírito”, oferece um modelo seguro de análise a que devem ser submetidas todas as inovações propostas. De posse desse modelo os estudiosos terão um roteiro eficiente para sua orientação no uso do bom senso e da razão crítica.

   A palavra crítica é aqui usada no sentido clássico de avaliação de uma obra ou de uma teoria, e não no sentido popular de censura ou maledicência. A crítica como avaliação é indispensável ao desenvolvimento da cultura, ao aprimoramento da inteligência. Sem a justa apreciação de livros e doutrinas estamos sujeitos a enganos que nos levarão a situações desastrosas. Há doutrinas apresentadas com roupagem literária e científica enganadora. Precisamos despi-las para chegar à verdade que, segundo a tradição, só pode ser conhecida em sua nudez.

O Joio

   O joio é uma gramínea que nasce no meio do trigo, prejudicando a seara. No Evangelho ele aparece como símbolo de doutrinas erróneas. O autor utilizou dessa imagem para caracterizar as pretensas renovações doutrinárias que surgem no meio espírita. Passa em revista as que mais se destacam no momento, advertindo o leitor contra os perigos que apresentam, e aprofunda a sua crítica, de maneira minuciosa e severa, ao tratar da que lhe parece mais representativa.

   Seu objectivo é mostrar a necessidade de encarar-se o Espiritismo como uma doutrina apoiada em métodos seguros de pesquisa e interpretação da realidade, que não pode ser tratada com leviandade. Oferece ao leitor uma exposição do método de Kardec, até hoje praticamente não analisado, e chama a atenção dos estudiosos para a importância de conhecerem esse método, a fim de não se deixarem enganar pelo joio e poderem examinar de maneira eficaz as novidades que surgem no meio doutrinário.

   Um pequeno livro de grande e profundo conteúdo, indispensável a todos os que desejam evitar confusões no estudo da doutrina.
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Herculano Pires, José – A Pedra e o Joio, Crítica à Teoria Corpuscular do Espírito. Conteúdo resumido, A Pedra, O Joio, 1º fragmento.
(imagem: As Colhedoras de Grãos, pintura a óleo por Jean-François Millet)

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