Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O Génio Céltico e o Mundo Invisível~


O
Druidismo

Se aplicava sobretudo a
desenvolver a personalidade humana, em vista da evolução que lhe é destinada.

Ele cultivava as qualidades activas, o espírito de iniciativa, a energia, a coragem;

Tudo o que permite afrontar as provas, a adversidade, a morte com uma inflexível segurança.

Esse ensino desenvolvia, no mais alto grau, entre os homens o sentimento do direito, da independência e da liberdade.

Em compensação, ele era censurado por ter negligenciado em demasia as qualidades passivas e os sentimentos afectivos.

Os gauleses eram iguais e livres, mas eles não tinham uma consciência suficiente dessa fraternidade universal que assegura a unidade de um grande país e constitui sua salvaguarda na hora de perigo.

O Druidismo tinha necessidade desse complemento que o Cristianismo de Jesus lhe proporcionou.

Nós falamos do Cristianismo primitivo, ainda não alterado pela acção do tempo, e que nos primeiros séculos apresentava tanta analogia com as crenças célticas porquanto ele reconhecia a unidade de Deus, a sucessão das vidas da alma e a pluralidade dos mundos.

Eis por que os celtas o adotaram com tanta presteza visto estarem mais bem preparados por suas próprias aspirações.             /...


LÉON DENIS, O Génio Céltico e o Mundo Invisível, Primeira Parte OS PAÍSES CÉLTICOS, CAPÍTULO I – Origem dos celtas. Guerra dos gauleses. Decadência e queda. Longa noite; o despertar. O movimento pancéltico. 2º fragmento.
(imagem: The Apotheosis of the French Heroes who Died for their Country During the War for Freedom_1802, pintura de Anne-Luis GIRODET-TRIOSON)

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