A Vida ~ Circulação da Matéria ~
(II)
Se seguirmos a elevação gradativa da matéria, haveremos de reconhecer com os fisiologistas em geral, e com Moleschott em particular, o seguinte processo das permutas materiais:
O amoníaco, o ácido carbónico, a água e alguns sais, eis toda a série das matérias com as quais a planta constrói o próprio corpo. A albumina e a dextrina formam-se à custa destas combinações simples, por efeito de constante dispêndio de oxigénio. Essas duas substâncias dissolvem-se nos sucos da planta, que se tornam por isso mesmo capazes de transportar-se às mais diversas regiões, através das hastes, das folhas, ou dos frutos. Mercê da albumina, engendram-se outros corpos albuminosos, quais a legumina, o glúten e a albumina vegetal coagulada. Estas duas últimas substâncias se depositam, indissolúveis, na semente. A albumina, o açúcar e gordura são os materiais construtivos do animal, cujo sangue é um soluto de albumina, gordura, açúcar e sais. Uma absorção mais forte de oxigénio transforma a albumina em fibrina muscular, em elementos redutíveis, cola de cartilagens e ossos, substância dérmica ou pilosa. Estas substâncias aliadas à gordura, aos sais e à água, constituem a totalidade do organismo animal. Tanto quanto a recomposição progressiva, a desassimilação é o fenómeno de evolução gradativa.
Na planta a albumina, o açúcar e a gordura se
decompõem em alcalóides,
ácidos, matérias corantes, óleos voláteis, resina, azoto, ácido carbónico e
água. No animal as mesmas substâncias se resolvem em leucina, sirosina,
criatina, hipoxantina, ácido úrico, fórmico, oxálico, ureia, amoníaco, ácido
carbónico e água. Fora do corpo a ureia decompõe-se em ácido carbónico e
amoníaco.
Assim, graças à vida em si, as plantas e os animais
revertem às suas fontes. Após a morte, a desassimilação é
ainda uma evolução, não menos regular que durante a vida. O que se dá, apenas,
é que percorre outros graus, até que chegue ao termo da decomposição.
A putrefacção não é mais que uma combustão lenta das
matérias orgânicas, a operar-se fora do corpo vivo. Ela representa uma espécie
de respiração depois da morte e cada átomo vai conformar
ou entreter outros corpos.
Tal o esboço químico da permuta
vital nos dois reinos orgânicos. Agora, abordemos o assunto particular da vida
no reino animal. Nestes novos factos observados, tanto como nos anteriores,
estamos de acordo com os adversários. Entretanto, vamos ver as consequências.
Aqui temos, segundo o próprio autor de A
Circulação da Vida, baseado em recentes trabalhos de fisiologistas alemães,
o processo geral de desassimilação no
animal, ou, para falar mais claramente, os principais fenómenos de permuta das matérias que
constituem a vida. Tratemos
aqui, particularmente, do corpo humano, por ser o que mais nos interessa (i).
Sabemos hoje que a história da evolução dos
alimentos e das matérias rejeitadas depois de servirem à assimilação é a mesma essência da fisiologia
da permuta material.
A digestão e formação dos tecidos estão
compreendidas entre dois limites: as substâncias alimentícias e as partes
constitutivas das secreções.
Assim é que todos os elementos anatómicos do
corpo se decompõem para se rejuvenescerem sem
cessar. O oxigénio aspirado passa da boca pela traqueia arterial, esta
se ramifica e os seus últimos ramúnculos desligados são providos de vesículas
laterais e terminais, que só se intercomunicam pelo ramúnculo do tubo aéreo que
as contém.
Deste tubo, o oxigénio passa às vesículas pulmonares
e destas ao sangue, através da parede dupla de vesículas e vasos capilares, até
que entra, com o sangue, no coração.
Em seguida, o coração impele o sangue oxigenado a
todo o território orgânico, através das artérias da grande circulação, que
mantém todo o corpo debaixo da sua dependência.
Finalmente, o oxigénio penetra os tecidos
através das paredes de vasos capilares, que terminam nas artérias.
Enquanto isso, um fenómeno inverso se verifica. O
ácido carbónico proveniente do sangue e o ar atmosférico aspirado se
transformam, segundo a lei das permutas de gases, ao penetrarem as cavernas
pulmonares, os brônquios e a própria traqueia.
Depois, o ritmo respiratório, produzindo a retracção
do peito, expele uma coluna de ar carregado de ácido carbónico. Uma curta pausa
e a essa expiração sucede a aspiração, dilata-se o peito, um ar rico de oxigénio substitui o
ar expirado, que perdera uma parte desse oxigénio e, o fenómeno prossegue.
Podemos comparar os pulmões a um banco: o ácido
carbónico é entregue à circulação externa, para alimento das plantas, em troca
do oxigénio recebido. O sangue provido de oxigénio escoa-se dos pulmões para o
ventrículo esquerdo do coração, daí derivando-se para todos os sectores do
organismo. Começa, então, aí, a combustão geral que,
sob a forma de nutrição aqui, de eliminação acolá, vai accionando as primeiras
funções.
É possível medir a intensidade de permuta das matérias de um
organismo humano pela quantidade de ácido carbónico, água e ureia eliminados em
dado tempo. A rapidez das permutas dá a medida da vida. A sua maior
actividade verifica-se dos 30 aos 40 anos. Termo médio, é nessa fase que as
energias criadoras do homem atingem o apogeu.
Os pulmões e os rins não são os únicos órgãos
eliminadores; a eles devemos juntar a pele e o recto. Os cabelos que caem, a
epiderme que se escama no interior como no exterior, as unhas que aparamos,
multiplicam os pontos de eliminação dos princípios azotados.
A actividade eliminatória dos pulmões e dos rins
atinge um quinze avos do peso total das excreções e ultrapassa em muito a dos
intestinos. Quanto maior actividade, mais rápida a eliminação.
Os homens entregues a trabalhos de movimento activo
eliminam pela epiderme, em 9 horas, tanto ácido carbónico quanto o
correspondente a 24 horas de repouso. Num cavalo a trote, a eliminação é 117
vezes mais copiosa do
que em repouso. Um parelheiro inglês,
que percorrera em 100 horas uma extensão correspondente a 500 horas de marcha
ordinária, não perdeu menos de 14 quilos depois do feito.
O trabalho mental fatiga tanto ou mais
que o corporal. A expressão que utilizamos, referindo-nos a criaturas
de pensamento ardente, é justa. Qualquer acréscimo de trabalho espiritual
produz aumento de apetite, qual se dá com o intenso trabalho muscular. O
apetite não é mais que o sinal de empobrecimento do sangue e dos tecidos,
manifestando-se por meio de uma sensação. A actividade cerebral, assim como a
dos membros do corpo, aumenta a eliminação através da pele, dos pulmões, dos
rins.
O sangue, por sua vez, abandona constantemente aos
órgãos do corpo os seus componentes, que a actividade dos tecidos vai
decompondo em ácido carbónico, ureia e água.
Por fim, as matérias excrementícias atravessam
continuamente a corrente circulatória para atingir os pulmões, os rins, a pele
e o recto, de onde se eliminam.
Torna-se necessário, pois, que os tecidos e o
sangue experimentem, no curso regular da vida, uma perda de substâncias só
compensada pelo processo alimentar.
É notável a rapidez com que se opera esse
intercâmbio de matéria.
A duração média da vida dos que sucumbem por inanição atinge
a duas semanas. Mas, desde que um vertebrado, seja qual for, morra de
inanição, o seu corpo terá perdido quatro dez avos do peso normal.
Nos indivíduos alimentados convenientemente, a
permuta se opera mais rápida que nos esgotados pela abstinência. Moleschott e
outros fisiologistas acreditaram poder concluir de certos factos que o corpo
renova a maior parte de sua substância num período de 20 a 30 dias.
Impondo-se um regime regular, diversos observadores
verificaram uma perda, em média, de um vinte avos do seu peso, em 24 horas.
O alimento ingerido e o oxigénio aspirado
contrabalançam essa perda. O sangue, com efeito, não provém apenas das
substâncias alimentares, mas, simultaneamente, da alimentação e da respiração. É
uma verdade que mais avulta no concernente aos tecidos orgânicos.
Perdendo o corpo diariamente um doze avos e no Estio
um catorze avos do seu peso, todo o corpo estaria renovado dentro de 12 ou 14
dias. Pelos resultados obtidos com o último observador, seriam precisos vinte e
dois dias.
Liebig deduziu
dessa rapidez de permutas uma outra consideração. Pode, sem maior dúvida,
atribuir-se a um homem idoso 24
libras de sangue. O oxigénio por nós absorvido em 4 ou 5
dias basta para transformar pela combustão todo o carbono e hidrogénio dessas 24 libras de sangue em
ácido carbónico e água. Mas o sangue corresponde mais ou menos a um quinze avos
do peso do corpo: se, pois, 5 dias bastam para substituir o sangue, com a troca
dos elementos, pode inferir-se que o corpo inteiro se renova em 25 dias.
Moleschott e
Malerf verificaram que corpúsculos de carneiro, profusamente injectados na
circulação de rãs, desapareciam completamente ao fim de 17 dias. Ora, como a
permuta nas rãs se opera mais lenta que nos animais de sangue quente, somos
levados a crer que os glóbulos vermelhos do sangue humano se renovam totalmente
em menos de 17 dias.
O autor de A Circulação da Vida declara,
portanto, que a concordância dos resultados obtidos, partindo de três pontos de
vista diferentes, é uma garantia positiva de veridicidade da hipótese dos 30
dias necessários à renovação completa do organismo. Os sete anos que a crença
popular fixava a essa operação, seriam um exagero colossal. “Por surpreendente
que possa parecer, à primeira vista, essa rapidez – diz – concorda com a
experiência em todos os pontos. Para Stahl, as andorinhas
perdem num dia a gordura aprovisionada durante a noite. O desenvolvimento das
células opera-se, no sangue, em 7 ou 8 horas, a expensas das matérias
fornecidas por quilo. De resto, quem ignora bastarem poucos dias para que um
homem emagreça ao ponto de tornar-se irreconhecível?
“A rapidez da permuta das matérias,
demonstrada em todas as experiências, é o que há de mais próprio para diminuir a nossa
admiração.
“Essas experiências nos ensinam que um adulto,
pesando 128 libras ,
elimina em 24 horas cerca de 3
libras de saliva, duas e meia de bílis, no mínimo e,
mais de 28 de suco gástrico; de sorte que um fumador, com o mau hábito de
escarrar seguidamente, pode, durante o dia, expelir 85 partes do seu peso. No
período de 24 horas, corre no nosso corpo perto de um quarto do seu peso, de
suco gástrico a circular do sangue para o estômago e vice-versa.
“A celeridade das permutas
difere de indivíduo para indivíduo.
“O homem, a mulher, a criança, o velho, manifestam
aptidões diferentes: assim, o homem tem a propriedade de permutar maior
quantidade que a mulher e, o adulto mais que os idosos e as crianças. O operário e o pensador recompõem
o corpo em tempo mais curto que os ociosos e inactivos.
“Há criaturas de vida acelerada: nelas a
esperança, a paixão e o medo, que se transformam rapidamente em confiança e
alegria, precipitam a
circulação do sangue. Vivem apressadas, porque depressa se executa o seu
metabolismo. Enquanto se mantém equilibrado o regime de permutas, o corpo não
sofre alteração no seu aprovisionamento. É, ordinariamente, esse, o
ritmo do adulto, que se altera com os anos, para romper-se na velhice.
Também a digestão vigorosa é privilégio da
criança. A absorção de sólidos e líquidos igualmente se regula, muito
rapidamente, no trabalho digestivo. A acção do oxigénio e a desassimilação dos
tecidos, a ela consequente, nunca se interrompem. Daí resulta, imediata, uma
diminuição do suco nutritivo, que se pode verificar não só pelo peso, como por
inspecção directa. Na idade avançada, sofrem tal ou qual depressão, retraem-se.
A córnea achata-se, a miopia atenua-se e pode mesmo chegar ao efeito contrário
– à presbiopia. Os
ossos, com a velhice, perdem a elasticidade, sobretudo nos menos ricos de água, como na
juventude.
“Uma vez rompido o equilíbrio, o desgaste dos tecidos
processa-se inevitavelmente. O maxilar inferior diminui de volume, a pele das
mãos e do rosto torna-se mais flácida, enruga-se, e aos músculos adelgaçados
diminui a contractilidade.
Não podem os idosos flectir a medula espinal e a fronte lhes pende para
adiante.
“Também as cordas vocais, como que se tornam mais
secas, perdem em flexibilidade e elasticidade; a voz é rouca, surda, ou
metálica e áspera. Depois dos 50 anos o peso do cérebro também começa a
diminuir.
“Tudo deve contribuir, na velhice, para avolumar
a desproporção entre a sanguificação e
a desassimilação. Com a matéria, a força decresce. Suavemente, aproxima-se
o fim; a morte é um esgotamento resultante do empobrecimento material.” (ii)
Estas alegações são contestáveis. Ainda não
está provado que o corpo humano se renova completamente no período de um mês.
Tecidos há que só se renovam muito lentamente, dado que todos eles se renovem.
Em todas as idades se têm encontrado células
embrionárias que, no entanto, se destinam a desaparecer no próprio feto. Os
tumores da pálpebra, sequentes a pequenas inflamações (terçolhos), em regra não
são reabsorvidos antes de um ano. As unhas não se renovam em menos de seis
meses. No estado normal de saúde, o seu crescimento é de 2 milímetros por mês,
assim, se guardássemos a unha do indicador num estojo cilíndrico, durante
sessenta anos – tal como fazemos para conservar plantas raras – teríamos afinal
uma garra excedente de um metro e meio. Assim, poderíamos contraditar os 25
dias e pedir maior lapso de tempo para a renovação do organismo. Não é, porém,
de um mês ou de um ano que se trata. O tempo não vem ao caso, como diz
a sátira francesa, e, muito pelo contrário, quanto mais rápida e vultosa se
faça a renovação da matéria corporal, mais aproveita à nossa teoria.
Os materialistas deduzem dos factos aqui
exarados a sua famosa assertiva, declarando provada a inexistência da alma,
mediante essas transformações químicas. Para nós, ao contrário (note-se
o contraste), essas mesmas transformações induzem-nos a declarar demonstrada,
doravante, a existência da
alma. Antes, porém, de argumentar, apraz contrapor um simples reparo a tão
categórica afirmativa adversa, que proclama com tamanha segurança e com verdade
incontestável a só existência das moléculas materiais e que só elas
constituem o ser vivente,
do berço ao túmulo.
Por um lado, afirmais que o corpo vivo não
passa de um conjunto de moléculas e, por outro, dizeis que todo esse corpo se
rejuvenesce mensalmente... Ao nosso ver, são duas proposições difíceis de
conciliar. Como explicar o envelhecimento, se esse corpo material, na sua
qualidade de moléculas químicas, nunca teve mais que um mês de idade? O
turbilhão vital, na frase de Cuvier, o qual se sucede
constante sob e sobre a nossa pele, a nossa própria carne, sangue, ossos,
cabelos, todo o corpo, é qual vestimenta que se renova de si mesma. O corpo do
sexagenário, ou do octogenário, não tem mais que um mês, assim como o da
criança que apenas começa a andar. São, assim, sempre novos, os corpos e,
certo, não podemos deixar de admirar essa engenhosa lei da Natureza.
Entretanto, é também indubitável haver no mundo pessoas de todas as idades, na
escala dos anos. O Sr. Moleschott conta,
ao que presumo, 45 e o Sr. A. Comte deveria
estar pelos seus 79. Vós, Sr. Vogt, nascestes no ano da
graça de 1817. Temos assim, cada qual, a nossa idade. Cá por mim, sei que
carrego menos de 20 lustros, que o Sr. Schopenhauer registaria
muito em breve. Ora, se é verdade que o nosso corpo se renova mensalmente, ou
anualmente – se assim o preferirem – o que é que envelhece em nós?
Digamo-lo uma vez mais: não serão essas moléculas constitutivas
do corpo, que ainda há pouco não nos pertenciam e se integravam num frango ou
numa perdiz, num grão de trigo ou de sal, numa gota de vinho ou de café, por
nós absorvidos e, que, ao demais, são imutáveis e, como coisa morta, não podem
envelhecer. Logo, existe em nós alguma coisa além dessas moléculas. O
nosso organismo tem envelhecido.
Prossigamos e entremos agora no âmago da
questão. Permiti, antes de tudo, assinalar que a todo o instante a fraqueza do vosso sistema se traduz pela inconsequência forçada
das expressões.
Sois os primeiros a conceituar a velhice como
uma falta de equilíbrio entre a recomposição e a eliminação. À vida,
plena, normal, chamais equilíbrio funcional. Ensinais que, havendo equilíbrio
de sanguificação e eliminação, o corpo não se altera na sua provisão geral de
matéria. Esse equilíbrio mantém-se na idade adulta. É possível pesar um homem
de 30 a
40 anos, a longos intervalos, sem constatar qualquer alteração de peso que se
não explique por ganho ou perda
imediatamente precedente.
Pois, muito bem: mas, pergunto eu, quem organiza esse equilíbrio?
Pretendeis, bem sei, que não há força alguma interior a
presidir a essa renovação molecular, mas tenho essa vossa pretensão como vanidade insustentável. A
hipótese puramente materialista, da vida, a assimilação circulatória das
moléculas ao movimento do vapor no alambique ou da electricidade nos tubos de
Geissier, não explica o crescimento
nem a vida, nem a
decadência, a senectude, a morte.
Para que haja equilíbrio, para que haja organização no
agenciamento das moléculas, é preciso que haja direcção. De resto,
tanto como Cuvier e Geoffroy
Saint-Hilaire, não negais essa direcção. Mas, como conceber uma direcção
sem uma força motriz?
Ousareis negá-lo? Essa força directriz não é uma
amálgama de propriedades confusas, antes é soberana, necessária, pois é
quem rege o turbilhão vital, assim como a atracção rege o turbilhão de esferas
planetárias.
/…
(i) Brief – Kreislauf des Lebens (A Circulação da
Vida), 12º.
(ii) Eis como se exprime Moleschott, sem uma
palavra que venha coroar a aridez dessa descrição. Pedimos licença para
compará-la ao fecho de capítulo análogo, de outro fisiologista alemão – Schleiden –
e perguntar para que lado pendem as aspirações da alma. “A nossa percepção da
vida e da morte – diz este – torna-se, na velhice, outra. Que não a da
mocidade. Os elementos acumulam-se no corpo, progressivamente; os órgãos
flácidos, flexíveis, enrijam-se, ossificam-se, recusam-se a trabalhar; a Terra
atrai o corpo sempre maioritariamente, até que a alma fatigada desse
constrangimento lhe abandona o invólucro já insustentável. Abandona o corpo de
barro, nascido do pó, à combustão lenta, a que chamamos putrefacção. Só a alma,
imortal e incorruptível, deixa a servitude das leis materiais e volve-se ao
Regulador da liberdade espiritual.
Camille
Flammarion, Deus na Natureza, Segunda Parte – A
Vida 1, Circulação da Matéria (2 de 5), 18º fragmento da
obra.
(imagem de contextualização: Jungle Tales (Contos da Selva) 1895, pintura de James Jebusa Shannon)
(imagem de contextualização: Jungle Tales (Contos da Selva) 1895, pintura de James Jebusa Shannon)
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