Da arte com que trabalharmos o nosso pensamento dependem as nossas misérias ou as nossas glórias...

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Deus na Natureza ~


~ a vontade do homem ~ 

  “Dizia Zelter a Goethe que um dos maiores obstáculos que impediam os alemães de falar o seu idioma tão espontânea e correntemente como os outros povos, provinha de certa pressão da língua, pelo facto de se alimentarem muito de vegetais e gorduras. É verdade que não temos outra coisa, mas a sobriedade e a prudência muito o podem remediar e corrigir” (ii)

  É com esta advertência que Moleschott (i) abre o grande capítulo epigrafado: “a Matéria governa o Homem”, sem perceber que a segunda frase do parágrafo traz consigo a condenação na qual ele se vai esbarrar, das correlações alimentares com o estado físico e intelectual do homem. Quando o velho companheiro de Goethe lhe observa que a sobriedade e a prudência podem fazer e corrigir muitas coisas, prova, por isso mesmo, que ele não se julga tão somente uma composição material, mas, também, uma força mental, capaz de tirar de si mesmo resoluções contrárias às tendências da matéria. Vamos, com efeito, acompanhar a argumentação materialista que, aqui como alhures, peca sempre pela base e não se mantém senão por uma espécie de equilíbrio instável, que um piparote de criança pode desmantelar. O adversário de Liebig pretende demonstrar que a matéria governa o homem, estabelecendo que a alimentação actua sobre o organismo. Como tema de Fisiologia, estes factos são interessantes e instrutivos e, a nós nos apraz o ensejo de os resumir aqui; mas, como tema de Filosofia, afiguram-se-nos como o que possa haver de mais incompleto. Consideremo-lo previamente: O quadro deste capítulo vai oferecer-nos, por sua própria natureza, um duplo aspecto. No verso, desenhado pela Fisiologia contemporânea, notaremos a acção física dos alimentos no organismo e, no reverso veremos que a mesma está longe de constituir o homem integral e que o ser humano reside numa potência superior às transformações da bílis e do quilo, potência que governa a matéria e está longe de a ela se escravizar.

  Invoca-se, em primeiro lugar, a diferença do regime alimentar, vegetariano ou carnívoro. Legumes e hortaliças contêm pouca água, poucas gorduras e quarenta vezes menos albumina que a carne. Analisando os sais contidos nestas substâncias opostas, concluíram que o regime carnívoro aumenta os fosfatos no sangue e, o vegetariano, pelo contrário, desenvolve os carbonatos. De resto, as substâncias albuminosas das partes verdes da planta não são a albumina, nem a fibrina. É preciso, pois, que elas sofram essa primeira transformação, antes de se incorporarem no sangue. As gorduras vegetais, por sua vez, não são verdadeiras gorduras, mas tão-só adipogenias, ou seja, elementos que originam gordura e, portanto, a precisarem sofrer uma primeira transformação. Há razão para dizer que a diferença de acção da carne começa a fazer-se sentir no sangue antes dele formado, isto é, na sanguificação (i), na digestão.

  Esses alimentos serão tanto mais facilmente digeridos quanto mais os seus elementos constitutivos se identificarem com os do sangue. Daí resulta que a carne, mais que o pão e os legumes, aproveita à sanguificação. O comprimento dos intestinos relaciona-se com esse processo de digestão, de acordo com as substâncias, permitindo-nos fazer dele uma ideia. Nos morcegos, que só se nutrem de sangue, o tubo intestinal não passa do triplo do comprimento do corpo. No homem, cujo regime é misto (o que igualmente se indicia pelo sistema dentário, composto de caninos e incisivos), o comprimento do intestino é o sêxtuplo da altura. No carneiro, herbívoro, o intestino é vinte e oito vezes mais longo que o corpo. Todos os animais carnívoros têm estômago pequeno. O estômago humano tem a forma de um reservatório, atravessando a cavidade abdominal, provido de um beco sem saída, maior que nos pré-citados animais. Os ruminantes, por guardarem a forragem, têm um estômago de quatro compartimentos.

  O homem tem a construção do onívoro (i). Diga-se, de passagem, as velhas prescrições pitagóricas (i), tanto quanto as modernas proposições de Rousseau e de Helvétius a favor do regime animal, devem ser rejeitadas como anti-naturais.

  Sendo os vegetais menos nutrientes que os animais, o pão ocupa um lugar intermediário. No glúten que o compõe, dois corpos albuminóides distinguem-se: albumina vegetal, insolúvel e, cola vegetal. Estas substâncias diferem da fibrina da carne e devem dissolver-se nos sucos, durante a digestão. No pão há menos gordura que na carne, mas há o amido e o açúcar, que devem transformar-se em gordura ao perderem uma parte de oxigénio. Destas comparações acontece que o sangue e, com ele os músculos, os nervos, a carne e todos os tecidos, se renovam mais rapidamente no regime carnívoro.

  Infere-se daí, que, sendo o sangue o factor dos tecidos, das secreções e excreções orgânicas e, ainda porque se modela pela alimentação do homem, a diferença primordial, assinalada entre os regimes vegetal e animal, deve estender a sua influência a todos os fenómenos da vida.

  Detivessem-se eles nesta conclusão e nada teríamos a objectar. Dizemos, com os antagonistas, que o apetite de um homem sadio se apazigua antes com um bife do que com uma salada. Consentimos em admitir que, se as raças de índios caçadores revelam força muscular notável, ao passo que os insulares do Pacífico se apresentam fracos (relativamente), é porque estes se alimentam de ervas e frutos e aqueles de muita carne. Concedemos, igualmente, que a indolência e falta de carácter dos Hindus se prenda um tanto ao seu regime herbívoro; – que o filósofo Haller tivesse razão para acusar uma tal ou qual inércia com o vegetarismo de alguns dias; – que, por um efeito inverso, uma divisão do Exército a que pertencia Villermé, na guerra de Espanha, fosse atingida de diarreia (relevem a citação que é literal), de magreza e debilidade, por ter sido forçado a alimentar-se só de carne durante oito dias. Concordamos, também, que os índios do Óregon só comem raízes, durante um longo período do ano, das quais vinte espécies são nativas – com o que muito nos prazemos – e que as tribos se movem de uns a outros lugares para apanhá-las, visto não amadurecerem senão sucessivamente. De boamente aceitamos que, vigente ainda, no Malabar, a crença na metempsicose, por lá existam hospitais para animais e se alimentem, nos templos, ratos cuja vida é sagrada. Sabemos, mais, que os Islandeses, Kanitschadales, Lapónios, Samoledos, só podem alimentar-se de peixe durante um certo período do ano, enquanto que os caçadores das planícies americanas só comem carne de bisonte. Concordamos, enfim, sem relutância e sem provas, que “basta comer marmelada ou maçã para alcalinizar a urina” e que os franceses produzem menos ureia que os alemães, aliás muito distanciados dos ingleses – o que prova consumir-se em Londres 1,6% da carne consumida em Paris – e, por fim, não estranhamos que as graciosas passeantes, mais que o transeunte vulgar, encareçam a vantagem de aumentar os mictórios públicos de Paris ou dar-lhes, no mínimo, outros dispositivos. Efectivamente vos damos, ou melhor – consentimos tomeis, à vontade, tudo quanto pedirdes em Fisiologia... Mas, na verdade, que relação tem tudo isso com a prova da personalidade humana? Com franqueza: que contributo trazem essas experiências para o assunto? Onde e como essa química demonstra a inexistência da alma? E que fazeis do método científico, que recomenda não proceder senão por induções ou deduções? Que ligação é essa com a escolástica dos nossos avós?

  De certo, não sabemos do que mais nos admirar: se da audácia, se do erro destes fisiologistas, levando-nos à beira do abismo e dizendo-nos: saltai! Será que acreditam ter lançado uma ponte com algumas teias de aranha? Na verdade, é preciso encarar o espírito humano como um cego de nascença, para pretender adormentá-lo com semelhantes processos. De facto, quem se não admirará de saber que, como conclusão de factos mais ou menos incompletos, quais os precedentes, nos apresentem a seguinte e enfática declaração:

  – Observações numerosas e experiências feitas em grande escala, provam que o homem deve, em parte, a sua privilegiada situação, em relação aos animais, à faculdade de se alimentar ora de vegetais, ora de carne (iii).

  * A matéria é a base de toda a força espiritual, de toda a grandeza humana e terrestre (iv).

  * O vocábulo alma, considerado anatomicamente, exprime o conjunto das funções cerebrais e espinal medula, e, fisiologicamente, o conjunto das funções da sensibilidade encefálica (v).

  * A análise não encontra na consciência, neste augusto instinto, nesta Voz imortal, mais que um simples mecanismo, que se desmonta como qualquer aparelho (vi).

  A estas afirmações não falta ousadia. Mas, depois das declarações negativas por nós registadas no capítulo anterior, de mais nada nos podemos admirar.

  Se é verdade que os temperos auxiliam a digestão - diz Moleschott – e o pão de rala, as frutas (especialmente figos) ingeridos em jejum e regados com um copo de água fria desenvolvem o ventre; se os rabanetes, o alho, a baunilha, estimulam o sensualismo e, se o vinho o chá e o café actuam sobre o cérebro claro está que a matéria governa o homem...

  Sobre isso, não tínhamos dúvidas. Sabeis o que é preciso para adquirir eloquência? É não comer nozes nem amêndoas. E como a voz e a palavra dependem, ao que parece, dos movimentos musculares da laringe, é preferível o regime vegetal ao gorduroso.

  Quereis uma prova da correlatividade essencial de pensamento e matéria? Olhai o fundo da vossa xícara de café. Este, tal como o barco a vapor e o telégrafo, põe em actividade uma série de pensamentos, origina uma corrente de ideias, de empreendimentos com ele. É evidente que a necessidade oriunda de uma afinidade electiva da Humanidade pelo café e pelo chá, se tornou mais imperiosa e generalizada, na proporção em que aumentaram as exigências intelectuais da civilização.

  Eis ainda um outro facto de importância capital. Os Kamstchadales e os Tongouses (i) embebedam-se com o seu aguoric vermelho e parece que os seus servos, desejosos de conhecer a sensação dessa bebida, não hesitam beber a urina dos seus amos.

  Logo, portanto, é a matéria que governa o homem – conclui espirituosamente o Sr. Moleschott...

 Num tal sistema, qual já o temos entrevisto, é claro que o livre-arbítrio fica completamente aniquilado. O próprio Moleschott declara-o. Não somente o ar que a cada momento respiramos transforma o sangue venoso em arterial; não só transmuda os músculos em creatina e creatinina; o músculo do coração em hipoxantina; o tecido do baço em hipoxantina e ácido úrico; o humor vítreo dos olhos em ureia, como refunde a todo o momento a composição do cérebro e dos nervos. O mesmo ar que respiramos muda diariamente, não é nas matas o que é nas cidades, não é sobre os mares o que é no cimo das montanhas, nem ao nível das ruas o que é no alto de uma torre. Alimentação, nascimento, educação, convivência, tudo, em torno de nós, rola num movimento que se comunica constantemente. 

  – Proposições verdadeiras, estas, provam que o homem está envolvido no âmago de um mundo a cujas influências não pode eximir-se e, provam também, quem sabe, que o livre-arbítrio não é tão absoluto quanto afirmam alguns psicólogos entusiastas. Mas, o que essas verdades não provam é a inexistência da vontade humana.

  Não são todos os materialistas que levam a sua excentricidade ao ponto de afirmar que a criatura humana não tenha consciência de que existe, para que deixe de ter a liberdade dos seus próprios actos e resoluções.

  Büchner é menos exagerado. Dizemos com ele, que o homem é obra da Natureza; que a sua pessoa, acções, pensamento e mesmo vontade estão submetidos a leis que regem o Universo. As acções e a conduta do indivíduo dependem, incontestavelmente, da sua educação do carácter, dos costumes, da índole do povo e da nação a que pertence e esta nação é, por sua vez e, de certo modo, o produto do ambiente em que vive e das relações exteriores que lhe entretiveram o desenvolvimento.

  Pode por exemplo notar-se com Deser que o tipo americano se desenvolveu com os primeiros colonos ingleses há dois séculos e meio. É um resultado que se pode atribuir a influências climáticas.

  O tipo americano distingue-se pela sua compleição, pelo pescoço alto, pelo temperamento dinâmico e ardoroso. O pouco desenvolvimento do sistema glandular, que dá às americanas essa expressão terna e vaporosa; a espessura, o comprimento e a secura do cabelo, podem provir da secura do ar. Há quem suponha ter notado que a agitação dos americanos aumenta com os ventos do Nordeste. Desses factos se infere que o grandioso e rápido progresso dos Estados Unidos seria, em parte, devido ao meio físico.

  Tal como na América, os ingleses originaram um novo tipo na Austrália, notadamente em Nova-Gales do Sul. Aí, os homens são altos, magros, musculosos e, as mulheres belíssimas, mas, de uma beleza efémera. Os “novos colonos” dão-lhes o apelido de Cornstalks (palha de trigo). O carácter inglês ressente-se do firmamento nebuloso, do ar pesado, dos estreitos limites da terra natal. O italiano, pelo contrário, reflecte em tudo o céu sempre belo e o Sol sempre ardente da sua pátria. (E, contudo, os romanos muito têm mudado de há 2000 anos a esta parte.) As ideias e contos fantásticos do oriente estão intimamente ligados à luxuriante vegetação que lhes moldurou o berço. A zona glacial não produz mais que raquíticos arbustos e, assim também, uma raça mofina, nada ou pouco acessível ao progresso. Os habitantes da zona tórrida também pouco se adaptam a uma cultura superior. Só nos países onde o clima, o solo e as relações ambientes oferecem um certo meio-termo, pode o homem equilibrar-se e adquirir um grau de cultura preponderante sobre os seres e as coisas que a rodeiam. 

  Todas estas observações não provam, porém, que a matéria governe o homem e que a vontade e a individualidade sejam uma ilusão. Cumpre, mesmo, advertir o autor de Força e Matéria que, antes, são os indivíduos que fazem as nações e não estas os indivíduos. Qual o dizia Stuart Mili, o mérito de um Estado está, em tese, no dos indivíduos que o compõem. Não são as instituições, nem as leis, nem os governos que fazem a grandeza das nações, mas o valor e a conduta dos cidadãos. É, pois, da individualidade dos homens que depende o progresso dos povos e, não de suas condições gerais. Em vão se dirá que esta individualidade mais não é que o resultado preciso das disposições do corpo: – educação, instrução, exemplo, fortuna, posição social, sexo, nacionalidade, clima, solo, época, etc. No ser humano existe uma força transcendente a tudo isso, uma força que os negativistas não querem ver e procuram ocultar no nevoeiro de sua paralogia. Assim como a planta – dizem eles – depende do terreno em que radica, não somente em relação à sua existência, mas ainda ao seu tamanho, forma e beleza; assim também o animal é grande ou pequeno, manso ou bravo, bonito ou feio, conforme as influências extrínsecas, assim também o homem físico e intelectual é o fruto dos mesmos factores, dos mesmos acidentes e disposições e, nunca o ser espiritual, independente e livre, que os moralistas nos pintam... Esses senhores protestam quando lhes chamamos espirituais e, nós persistimos na amabilidade. Mas, sem constituir uma excepção a seu favor, temos o direito de sustentar a espiritualidade humana e apagar, com o exemplo de grandes vontades, essa teoria crepuscular, que conceitua as resoluções do homem uma função barométrica. 

  É preciso fechar voluntariamente os olhos aos eventos mais belos e respeitáveis da História, preferir tristes abstracções a verdades gloriosas, sacrificar venerandos monumentos do pensamento à quimera de uma ideia fixa, para ousar assim negar o poder da vontade, o valor de sua energia, a independência de sua resolução, os milagres próprios de sua persistência e, substituí-lo por uma sombra difusa e vaga, dependente dum sol teatral. Na verdade, não vemos a vantagem desta substituição. É desconhecer a grandeza do homem o afirmar que os seus actos não passam do resultado necessário e fatalístico dos seus pendores físicos, tendências orgânicas e propensões materiais. É degradar-lhe a dignidade abaixo do nível da mediania intelectual e é colocar-se em contradição com os exemplos mais brilhantes que constelam a fronte da Humanidade para coroá-la de glória imperecível. Abordemos, em todas as suas fases, os anais da Humanidade; consultemos, sobretudo, as páginas do nosso século, já tão engrandecido de invenções fecundas e entrevistas possibilidades; logo nos convenceremos de que o génio não é simplesmente resultante de condições materiais e muito menos de uma enfermidade nervosa, senão que se afirma por uma força superior a todas as contingências e que muitas vezes o tem dominado guiado e vencido. Longe de encarar o homem como um ser inerte, cujas obras não passassem de efeitos instintivos, de hábitos, necessidades apetites e predisposições orgânicas, nós proclamamos, com a autoridade dos factos, que a inteligência governa a matéria e que o valor do homem consiste, precisamente, nessa elevação, nessa soberania da inteligência.

  Para ilustrar o asserto e invalidar, exemplificando, a audaciosa afirmativa desses campeões da matéria, lancemos um olhar pelo panorama intelectual da Humanidade e, a todos quantos sentem pulsar-lhe no peito um coração patriótico apresentemos-lhes – bem como aos jovens indecisos, que, mal transpondo os pórticos da vida prática, pudessem deixar-se embalar pela mentira materialista, acarretando para si a própria ruína – apresentemos-lhes, sim, o quadro tão grato aos nossos sentimentos, tão útil às nossas vistas e tão imponente às nossas aspirações, desses homens enérgicos saídos das mais ínfimas camadas sociais, para elevarem-se, pelo próprio esforço, à conquista do mundo e às culminâncias do pensamento soberano.

  Num belo livro, cujo título exótico não é bastante claro nem cativante, mas, que deveria andar nas mãos de toda a mocidade francesa (Self-Help, ou Carácter), um homem honrado, que é Samuel Smiles, reuniu exemplos desses vultos valorosos que venceram todos os percalços na vida e foram, por assim dizer, a refutação viva desta singular teoria, que tende a rebaixar o homem, em vez de o elevar. É por exemplos tais que a alma se eleva para a verdade do seu ideal. Julgamos ser nosso dever homenagear aqui esse panteão de beneméritos exemplares, cujo panegírico deveria ser espalhado aos quatro ventos.

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(ii) Briefwchsel Ziwischen Goethe und Zelter (i), 1º, 113.
(iii) Cireulation de la Vie, 2º, 69.
(iv) Force et Matière, capítulo 5º.
(v) Dictionnaire des Sciences Médicales.
(vi) Taine (i) – Philosophes Français.


Camille Flammarion, Deus na Natureza, Terceira Parte; (3) A Vontade do Homem (1 de 6), 27º fragmento desta obra.
(imagem de contextualização: Jungle Tales_1895, pintura de James Jebusa Shannon)
(Radio Filharmonisch Orkest interpreta Schumann / Sofia Soloviy, soprano / Caitlin Hulcup, alto / Dominik Wortig, tenor / Andrew Foster-Williams, baixo / sob a direcção orquestral de Dmitri Slobodeniouk e coral de Klaas Stok)

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