Um erro psicológico de funestas consequências domina a
ortodoxia oficial. Pretendem que o homem seja visceralmente mau,
intrinsecamente perverso e, por natureza, corrupto.
Semelhante conceito é adoptado, salvo raras excepções, por
sociólogos, juristas, escritores, filósofos, cientistas e, o que é mais de
admirar, pela clerezia de vários credos religiosos. Que os
materialistas façam tal conceito do homem, compreende-se; mas que sejam
acompanhados pelos crentes e até pelas autoridades das religiões deístas é
inominável, inconcebível quase.
Como é que é possível que o homem, criado à imagem e
semelhança de Deus, seja visceralmente mau? Como é que se compreende que o
Supremo Arquitecto haja produzido obras intrinsecamente imperfeitas e
defeituosas? Semelhante despautério precisa ser combatido. Lavremos, em nome da
fé que professamos, veemente protesto contra tremenda heresia.
O homem é obra inacabada. Entre a obra inacabada e a obra
defeituosa vai um abismo de distância. Os Espíritos trazem consigo os germens
latentes do bem e do belo. A centelha divina, embora oculta, como o diamante no
carvão, refulge em todos eles. O mal que no homem se verifica
é extrínseco e não intrínseco. No seu íntimo cintila o divinal revérbero (i) da face do Criador. Os defeitos, senãos e
falhas são fruto da ignorância, da fraqueza e do desequilíbrio de que a
Humanidade ainda se ressente. Removidas tais causas, decantada, a corrupção
humana desaparecerá.
Deus não cria Espíritos como os escultores modelam estátuas.
As obras de Deus são vivas, trazem em si mesmas as possibilidades de
auto-desenvolvimento. A vida implica movimento e crescimento. "Em cada
átomo do Universo está inscrita a legenda: para a frente e para o alto."
Os atributos de Deus estão, dadas as devidas condições de relatividade,
palpitando em cada criatura. Apelando-se para as faculdades profundas do
Espírito, logra-se o despertar da célica natureza que nele dorme, atestando a origem de
onde proveio.
O problema do mal resolve-se pela educação, compreendendo-se por educação o apelo dirigido às
potencialidades do espírito. Educar é salvar. Através do trabalho ingente da
educação, consegue-se transformar as trevas em luz, o vício em virtude, a
loucura em bom senso, a fraqueza em vigor. Tal é no que consiste a
conversão do pecador.
Jesus foi
o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se
consegue educando. Jesus acreditava piamente na redenção do ímpio. O sacrifício
do Gólgota é
a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana nas suas mais íntimas
particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a
divindade oculta na psique humana.
A sua actuação foi sempre nesse sentido. Jamais o
encontramos abatendo o ânimo ou aviltando o carácter do pecador, fosse esse
pecador um ladrão confesso, fosse uma adúltera apupada pela turbamulta. "Os sãos não precisam de médicos, mas,
sim, os doentes"; tal o critério que adoptava. Invariavelmente agia sobre
algo de puro e de incorruptível que existe no Espírito do homem.
Firmado em semelhante convicção, sentenciava com
autoridade: "Sede perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito."
Esta sentença só podia ser proferida por quem não alimentava dúvidas sobre os
destinos humanos. Interpelado sobre a vinda do reino de Deus, replica o Mestre:
"O reino de Deus não virá sob manifestações exteriores; porque o reino de
Deus está dentro de vós." O apóstolo das gentes, inspirado
em idêntico conceito a respeito do homem, proclama igualmente: "O templo
de Deus, que sois vós, é santo. Ignorais, por acaso, que sois o santuários de
Deus e, que o Espírito divino habita em vós?"
O mal é uma contingência. Na realidade significa apenas
ausência do bem, como as trevas representam somente ausência de luz. O mal e a
ignorância são transes ou crises que o Espírito conjurará fatalmente, mediante
o despertar de suas forças latentes. A prova cabal e insofismável de
que a natureza íntima do homem é divina e, por conseguinte, incompatível com o
mal, está na faculdade da consciência. O que é a consciência, na acepção moral,
senão o "divino" cuja acção se faz sentir condenando o mal e aplaudindo
o bem? Por que razão o homem nunca consegue iludir ou corromper a sua própria
consciência? Ele pode, no uso do relativo livre-arbítrio que frui,
desobedecer-lhe, agir em contrário aos seus ditames, porém jamais abafará os
seus protestos, nunca conseguirá fazê-la conivente de iniquidades e crimes. A
consciência é o juiz íntegro cuja toga não se macula e, cuja sentença ouviremos
sempre, quer queiramos, quer não, censurando a nossa conduta irregular. Esse
juiz, essa voz débil, mas insopitável, é a centelha divina que refulge através da
escuridão de nossa animalidade, é o diamante que cintila a despeito da
negritude espessa do rude invólucro que o circunda.
O maior bem que se pode fazer ao homem é educá-lo. Os
educadores, cientes e conscientes do seu papel, são os verdadeiros benfeitores
da Humanidade. Cooperar pela ressurreição do Espírito proporcionar-lhe o sumo
bem; nada mais valioso se lhe pode fazer. Tal a missão do Cristo de Deus neste
mundo. Por esse ideal ele se deu em holocausto no patíbulo da cruz.
A Humanidade precisava de um modelo, de uma obra acabada que
reflectisse na sua plenitude a majestade divina. Esse arquétipo nos foi dado ao
Filho de Deus. Os modelos devem ser imitados. Para isso se destinam. Assim
compreendia Paulo de Tarso, consoante se infere desta sua asserção:
"...tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos (crentes) até que todos
cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado
de homem feito, à medida da estatura da plenitude do Cristo". (Efésio,
4:12 a 13.)
A larga parábola que temos a percorrer em demanda do Modelo
é obra de educação, educação que se transforma em auto-educação.
Kant, o filósofo, assim compreende a educação:
"Desenvolver no indivíduo toda a perfeição de que ele é susceptível: tal o
fim da educação."
Pestalozzi,
o pedagogo de renome, diz: "Educar é desenvolver progressivamente as
faculdades espirituais do homem."
John Locke, grande preceptor, se expressa desta maneira
sobre o assunto: "Educar é fazer Espíritos rectos, dispostos a não
praticarem a todo o momento coisa alguma que não seja conforme à dignidade
e à excelência de uma criatura sensata."
Lessing,
autoridade não menos ilustre, compara a obra da educação à obra da revelação e,
diz: "A educação determina e acelera o progresso e o aperfeiçoamento do
homem."
Fröbel, o
criador do "Kindergarten" (Jardim da Infância), afirmava que em toda
a criança existe a possibilidade de um grande homem.
Denis, o incomparável apóstolo do Espiritismo, proferiu
esta frase lapidar: "A educação do Espírito o senso da vida."
Diante do que aí fica, será preciso acrescentar que o
objectivo da religião é educar o Espírito? "Se o sal se tornar insípido,
para que servirá?
Como Jesus, os educadores, dignos de tal nome, crêem firmemente
na reabilitação dos maus. Os novos apóstolos do Cristianismo não virão dos
seminários, mas do magistério bem compreendido e melhor sentido.
Perniciosas e desastrosas têm sido as consequências
decorrentes do falso conceito generalizado sobre o carácter humano. Tal vesânia gerou o pessimismo que domina a
sociedade.
O vírus que tudo polui e conspurca, é, a seu turno, outro
efeito oriundo da mesma causa. Que pretendem os industriais da cinematografia
exibindo películas dissolventes e até indecorosas? E os literatos e romancistas
abarrotando as livrarias de obras frívolas, enervantes e imorais? E os
empresários teatrais com as suas comédias corriqueiras, impudicas, eivadas de
obscenidades? E os compositores e os músicos com os seus "jazes",
"foxtrots" e maxixes? E os costureiros e promotores de moda com a sua
indumentária que peca pela falta de decência e decoro? Todos eles, convencidos
de que a natureza humana é essencialmente corrupta, estão actuando através da
corrupção. Visando lucros, imaginam que o meio mais seguro de êxito seja
aquele. No entanto, se o cinema se transformasse, de escola do vício em escola
de virtude, deixaria de existir por isso? Respondemos pela negativa, sem
titubear. Teria melhor e maior concorrência, como há leitores para os bons
livros, como há apreciadores da arte pura.
A ideia falsa de que o êxito na cinematografia, nas artes,
na indústria e no comércio só se alcança acoroçoando a maldade e a ignorância
humanas, é um estrabismo herético e execrável. A Teologia tem sustentado esse
erro pernicioso, através dos séculos, na palavra dos seus corifeus,
prejudicando seriamente a evolução da Humanidade. A Pedagogia, no seu glorioso
advento, vai destroná-la desembaraçando a mente humana dessa pedra de tropeço.
A verdade está com a Pedagogia. Com a Teologia, o caos, a
confusão, as trevas. Com a Pedagogia está o optimismo sadio, alegre e
forte.
Lázaro e o rico ~
(Vide Lucas, 16:19 a 31.)
Consoante se infere do assunto a que se encontra subordinada
a parábola evangélica cujo título nos serve de epígrafe, parece que melhor lhe
assentaria a denominação seguinte: O Pobre e o Rico.
Porque teria Jesus dado um nome ao pobre, deixando de o fazer ao
rico? Qual será a razão desta razão?
Segundo supomos, o caso passou-se assim. O Mestre achou por
bom alvitre formular uma parábola sobre as duas categorias de provações, a
riqueza e a pobreza. Voltou, então, os seus olhos para a sociedade dos pobres
e, encontrou ali um homem paciente e resignado, humilde e cheio de fé, que
suportava galhardamente a dura prova que lhe fora destinada. Esse homem
chamava-se Lázaro.
Disse, pois, o Senhor: Eis aqui uma das personagens para a parábola.
Perscrutando, em seguida, o arraial dos ricos, verificou que eram todos, ou
quase todos, igualmente egoístas e duros de coração. Diante disso concluiu o
Mestre. Denominarei com o nome genérico esta outra figura do apólogo que idealizei — o rico — visto como é tão
difícil encontrar excepções nesta classe como é difícil passar um camelo pelo
buraco da agulha.
Ficou, por esse motivo, assim denominada a parábola: Lázaro
e o rico.
O rico vestia-se de púrpura e linho finíssimo. Vivia
banqueteando-se esplendidamente, Lázaro, enfermo e paupérrimo, mendigava o pão
de cada dia. Recostado nos portais do rico, esperava, em vão, que se lembrassem
de lhe mitigar a fome. O rico, na embriaguez dos prazeres, não o via. Tinha a
mente enevoada pelos vapores das libações alcoólicas e, o coração impassível,
mergulhado no paul do sensualismo. Tão mesquinho era o seu estado de alma, que
os próprios irracionais lhe levavam a palma em matéria de sentimentos. É assim
que os cães, condoídos de Lázaro, vinham acariciá-lo, lambendo-lhe as
feridas.
Eis que certo dia a morte bate à porta de ambos: morre
Lázaro e morre também o rico. A morte, rigorosamente imparcial como é, não
distingue os ricos dos pobres, nem tão pouco aqueles que gozam daqueles que
sofrem.
No entanto, a morte nada destrói: transforma apenas. Lázaro e
o rico passaram para o plano espiritual. Ali, Lázaro é feliz, fruindo, no seio
de Abraão a
doce paz de uma consciência tranquila e a alegria do combatente que viveu a
campanha e entra na posse dos louros da vitória.
E o rico, tendo falhado na prova por que viera de passar,
sente-se confuso e humilhado com a derrota. Esmagado de remorsos, lembra-se do
seu passado pecaminoso e; Lázaro — aquele que virtualmente fora sua vítima —
aparece-lhe sereno e venturoso. Cena curiosa, então, se desenrola: já não é
Lázaro que mendiga do rico; é o rico que mendiga de Lázaro, dizendo: Pai
Abraão, manda Lázaro aplacar as minhas aflições; que ele venha suavizar, de
algum modo, o fogo deste remorso que me consome. E a voz da Justiça replica
pela boca de Abraão: Meu amigo, as condições de Lázaro e as tuas são opostas.
Cada um colhe aquilo que semeia. Tu és um vencido, Lázaro é um vencedor. Como
pretendes agora anular, num dado momento, os efeitos de uma causa que está
contigo, que foi criada por ti no decorrer de toda uma existência? Entre o
estado dos que triunfam e o dos que sucumbem medeia um abismo, que não pode ser
transposto como imaginas. A Natureza não dá saltos; este axioma é verdadeiro tanto no plano físico quanto no
espiritual. Tens que esgotar o cálice, tens que pagar até ao último ceitil. As
responsabilidades contraídas, na vida terrena, acompanham o Espírito onde quer
que ele se encontre. Nada pode suspender o curso dessa lei.
Oh! pai Abraão, retruca o rico, cujos
sentimentos começam a despertar, graças ao aguilhão da dor: Manda alguém avisar
os meus cinco irmãos acerca destas coisas, a fim de evitar que venham a cair
nestes tormentos. E a voz da Justiça obtempera pela boca do Patriarca: Os teus irmãos
estão, como tu estiveste, em provas. Lá mesmo na Terra há quem os
advirta sobre isso. Se eles não ouvem a esses, não ouvirão tão pouco a um
mensageiro celeste. Quando os homens se entregam à loucura dos prazeres
sensuais, ficam animalizados e inacessíveis às vibrações que os anjos lhes
transmitem. Como queres, pois, que um Espírito possa despertar os teus irmãos,
quando não lograram despertar-te! A justiça se cumprirá com eles como se está
cumprindo contigo: a dor ensiná-los-á a compreender a responsabilidade em que
todos se encontram perante a soberana e indefectível justiça de Deus. A dor os
fará saber e sentir que aqueles a quem muito é dado — seja em bens espirituais,
seja em bens temporais — muito será exigido; ensinará também que os homens são
responsáveis, não só pelo mal que praticam, como pelo bem que, podendo, deixam
de praticar.
E o rico conformou-se, compreendendo que — dura lex, sed
lex. (A lei é dura, mais é a lei)
Jesus, o Mestre ~
Jesus curou cegos de nascença, surdos-mudos, epilépticos,
hidrópicos, doidos e lunáticos, paralíticos, reumáticos e leprosos; sarou,
finalmente, enfermos de toda a casta que a ele recorreram em busca do maior bem
temporal — a saúde. No entanto, jamais o Senhor pretendeu que o dissessem
médico, ou clínico.
Jesus frequentava o templo e as sinagogas onde atendia aos
sofredores e ensinava ao povo as verdades eternas, mas nunca se inculcou levita ou sacerdote.
Jesus predisse com pormenores e particularidades o cerco, a
queda e a ruína de Jerusalém; como essa, fez várias outras profecias de alta
relevância. Penetrava o íntimo dos homens, devassando-lhes os arcanos mais
secretos, porém não consta que pretendesse as prerrogativas de vidente ou de
profeta.
Jesus realizou
maravilhas, tais como: alimentar mais de cinco mil pessoas com três pães e dois
peixes; acalmar a tempestade, impondo inconcebível autoridade às ondas revoltas
do oceano. Ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim e, também,
Lázaro, sendo que este último já estava sepultado havia quatro dias.
Transformou a água em vinho nas bodas de Cana da Galiléia e, muitos outros
prodígios operou não pretendendo, apesar disso que o considerassem milagreiro
ou taumaturgo.
Jesus aclarava as páginas escriturísticas, fazendo realçar
da letra que mata o espírito que vivifica, mas não se apresentou como exegeta ou, ministro da palavra.
O único título que Jesus reclamou para si, fizesse jus às
mais excelentes denominações honoríficas que possamos imaginar, foi o de
“mestre”. Esse o título por ele reivindicado, porque realmente Jesus é o Mestre
excelso, o Educador incomparável.
A sua fé na obra da redenção humana, mediante o poder
incoercível da educação, acordando as energias espirituais, é inabalável, é
absoluta. Tão firme é a crença na regeneração dos pecadores, na renovação de
nossa vida, que por esse ideal se ofereceu em holocausto.
Educar é remir. O Filho de Deus deu-se em sacrifício pela causa da
liberdade humana. A cruz plantada no cimo do Calvário não representa somente a
sublime tragédia do amor divino: representa também o símbolo, o atestado da fé
viva que Jesus tem na transformação dos corações, na conversão das nossas
almas. "Quando eu for levantado no madeiro, atrairei todos a mim..."
asseverou ele. Todos, notemos bem; já não uma parcela mas a totalidade. Vemos
por aí como é radical a sua confiança, a sua crença na reabilitação dos
culpados, através da educação.
Sim da educação, dizemos bem, porque só um título Jesus reclamou,
chamando-o a si e, o fez sem rodeios sem rebuços, nem perífrases, antes com a
máxima franqueza e toda a ênfase: o título de mestre. Dirigindo-se aos seus discípulos, advertiu-os desta
maneira: "Um só é o vosso mestre, a saber — o Cristo Portanto, a ninguém
mais chameis mestre senão a mim". (Mateus, 23:8.)
Jesus rejeitou o ceptro, o trono, a realeza, alegando que o
seu reino não é deste mundo. Dispensando igualmente, a glória e as honras
terrenas; um só brasão fez questão de ostentar: ser mestre, ser educador. É
significativo!
"Eu sou a luz do mundo, sou a verdade, sou o pão que
desceu do céu" — proclamou o Senhor. Esparzir Luzes revelar a verdade,
distribuir o pão do Espírito — tal a obra da educação, tal a missão do Redentor
da Humanidade.
Que dúvida nos poderá restar a nós, neo-cristãos, sobre o
rumo que deve tomar a nossa actividade, uma vez que o advento do Espiritismo é
o do Consolador prometido? Que outra forma poderemos dar ao nosso trabalho, que
seja tão eficaz, tão profícua e benéfica à renovação social, como aquela que se
prende à educação, no seu sentido lato e amplo?
Trabalhemos, pois, com ardor e entusiasmo pela causa da
educação da Humanidade, começando pela infância e pela juventude desta terra de
Santa Cruz (*).
/…
(*) Nome dado
ao Brasil pelos portugueses no ano seguinte ao seu descobrimento (i). Adenda
desta publicação.
“Aos que comigo crêem e sentem as revelações do Céu, comprazendo-se
na sua doce e encantadora magia, dedico esta obra.”
Pedro de
Camargo “Vinícius”
Pedro de Camargo “Vinícius” (i), Em
torno do Mestre, 1ª Parte / Seixos e Gravetos; A natureza humana
/ Lázaro e o rico / Jesus, o Mestre, 14º fragmento desta obra.
(imagem de contextualização: A Arte da Pintura,
óleo sobre tela (1666), de Johannes
Vermeer)
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