(II)
Os factos a seguir, de ordem geral ou particular e,
as considerações que eles sugerem, oferecemo-los aos que repetem com
Moleschott (i), Büchner (i) e
o seu rancho, que o homem segue os seus pendores e a reflexão nada vale à face
das inclinações e tendências, sejam elas naturais ou adquiridas.
Sábios, literatos, artistas, todos quantos se votam
ao apostolado das mais transcendentes verdades e todos quantos se enobreceram
pelas virtudes do coração, jamais saíram privativamente de uma classe ou de uma
carreira da hierarquia social. Ao contrário, saíram indiferentemente das
oficinas, como da lavoura, da cabana, como do palácio. E os mais humildes
atingiram, por vezes, os postos mais culminantes, vencendo dificuldades
aparentemente insuperáveis, que lhes atravancavam o caminho. Em muitos casos,
parece que essas dificuldades foram os seus melhores auxiliares,
obrigando-os a empregar todo o esforço possível no trabalho perseverante e,
assim vivificando faculdades que, de outra forma, poderiam permanecer
adormecidas.
O exemplo de obstáculos assim transpostos, os
triunfos assim alcançados, são tão numerosos que justificam, quase
inteiramente, este provérbio: com boa vontade tudo se consegue.
Grande número dos que mais se distinguiram na Ciência
nasceram em condições sociais tidas como incapazes de proporcionar talentos,
particularmente científicos. Em lugar das combinações químicas do hidrogénio e
do fósforo, em lugar dos efeitos da electricidade e dos nervos, temos
para apresentar estes grandes caracteres, que, do fundo das camadas
sociais mais problemáticas, se elevaram aos pináculos da Ciência, a
saber: Copérnico, filho de um padeiro polaco; Galileu,
perseguido por amor à verdade; Képler,
filho de um taberneiro e caixeiro de taberna, por sua vez, sempre atormentado
com a sua miséria pecuniária; d’Alembert,
enjeitado e encontrado certa noite invernosa pela mulher de um vidraceiro nas
escadas de uma igreja; Newton, filho de um pequeno proprietário de Granthan;
Laplace, filho de um pobre camponês de Beaumont, perto de Honfleur; W.
Herschell, organista de Halifax; Arago,
devendo toda a sua glória à perseverança no estudo desde jovem; Ampère, pesquisador
solitário; Humphry Davy, criado de um farmacêutico; Faraday, encadernador;
Franklin, aprendiz de tipógrafo; Diderot, filho de um cutileiro; Cuvier,
Geoffroy Saint-Hilaire e cem outros; o físico Hautefeuille, filho de um padeiro
de Orleães; Gassendi, pobre camponês dos Baixos-Alpes; o mineralogista Hüy,
filho de um tecelão; Buffon, que exigia, para se levantar e combater a
preguiça, que o acordassem a jactos de água fria (a sua saúde, mau grado ao que
dizem os nossos adversários, para nada lhe serviu e os seus maiores trabalhos
foram realizados no decurso de longa e cruel enfermidade); o químico Vauquelin,
aldeão de Saint-André d’Hébertot (Calvados), que, depois de auxiliar de
farmácia, chega a Paris de saco às costas, com um franco na algibeira.
Em que o azoto e o fósforo entravam na secreção da
vontade destes sábios ilustres e, de que maneira o carbono se comportou para os
levar ao fastígio da projecção intelectual? Mau grado às
circunstâncias desfavoráveis com que tiveram de lutar no início da vida, estes
homens eminentes alcançaram, apenas pelo exercício de suas faculdades, uma
reputação sólida e duradoura, qual lhes não granjeariam todos os tesouros da
Terra.
Conta-se que Dupuytren,
quando no colégio da Mancha, ocupava com outro colega um quarto que tinha por
todo o seu mobiliário três cadeiras, uma mesa e uma espécie de cama, na qual os
dois se alternavam para descansar. Tão exíguos eram os seus recursos, que,
muitas vezes, passavam a pão e água. Dupuytren começava o trabalho às 4 horas
da manhã e nós sabemos, hoje, que ele foi o maior cirurgião do seu tempo.
Citaremos, ainda, Joseph Fourrier, filho de um alfaiate de Auxerre e o
naturalista Conrad Gessner, filho de um pobre curtidor de
Zürich. Citaremos ainda: Pedro Ramas, Shakespeare, Voltaire, Rousseau,
Moliére, Beaumarchais, grandes obreiros do pensamento, que derrubaram,
exclusivamente com a sua força mental, as barreiras que as castas sociais
opunham ao vulgo.
Fácil nos seria exarar infinitos exemplos deste quilate.
Em todos os ramos da actividade humana – Ciências, Belas-Artes, Literatura,
Comércio, Indústria – eles são tão numerosos que chegam a dificultar a escolha
entre tantos homens notáveis cujo êxito lhes adveio somente do trabalho
e do esforço paciente (ii). Basta, por exemplo, lançar um olhar
nos domínios da Geografia e assinalar entre os grandes descobridores Cristóvão
Colombo, filho de um cardador de Génova; Cock, caixeiro de uma loja no
Yorkshire e, Livingstone, operário de uma fiação de tecidos perto de Glaacow.
Entre os papas, Gregório VII nasceu de um carpinteiro, Sixto V de um pastor
e, Adriano
VI de um pobre canoeiro. Na sua juventude, paupérrimo, Adriano, que na
impossibilidade de comprar uma vela, preparava as lições ao relento,
aproveitando a iluminação pública. Ninguém vislumbra em tudo isto a influência
do oxigénio.
Não é senão pelo exercício autónomo de
suas faculdades que uma criatura pode adquirir o saber e a experiência que,
reunidos, produzem a sabedoria. E, qual dizia Franklin,
é tão pueril esperar a posse desses bens sem esforço e sem trabalho quanto o
seria contar com uma colheita em terreno sem lavra nem semeadura.
Dois irmãos, provindos do mesmo Casal, podem receber
a mesma educação, ter a mesma liberdade de acção, viverem juntos, nutrirem-se
do mesmo ar e dos mesmos alimentos e nada impedirá que um se torne ilustre e o
outro fique na mediocridade. A quanta gente se poderiam endereçar estas
palavras do velho bispo de Lincoln ao irmão, homem indolente, que lhe pedia
fizesse dele um grande homem: – “certo, se a tua charrua se partir posso mandar
consertá-la e, se te morrer um boi posso comprar-te outro; mas não posso fazer
de ti um grande homem, uma vez que lavrador te encontrei e sou obrigado a
deixar-te como tal”.
Riquezas e bem-estar não são indispensáveis ao
desenvolvimento das altas faculdades humanas, pois, se assim fora, não haveria
no mundo e, de todos os tempos, notabilidades desabrochadas das mais ínfimas
camadas sociais. A química alimentar nada tem que ver com a produção
intelectual.
Longe de ser um mal, a pobreza, quando provida
de energia e
iniciativa pessoal, pode transformar-se em benefício, uma vez que faz sentir ao
homem a necessidade de lutar com o mundo, onde, a despeito dos que compram o
bem-estar a preços degradantes, também há confiança, justiça e triunfo para os
valorosos e honestos. A fortuna há mesmo, muitas vezes, prejudicado os seus
privilegiados. Em compensação, encontramos exemplos favoráveis à nossa
tese, entre aqueles que, inspirados pela fé ou ciosos da felicidade do seu
próximo, renunciaram, voluntariamente, aos gozos mundanos, aos poderes
e honras da Terra, descendo de sua posição culminante para dedicar-se à
beneficência e instrução das massas.
“O mundo é escravo da energia, dizia Alexis
de Tocqueville, nem houve fase de vida na qual pudéssemos conceber o
repouso; a luta interior e, mais ainda a exterior, é necessária e tanto
maioritariamente necessária quanto mais envelhecemos. Comparo o homem a um
viajante que caminha, sem parar, para uma região cada vez mais fria e
que, quanto mais avança, mais precisa de se agitar. A grande
enfermidade da alma é o frio e para combater esse mal temível é preciso, não só
manter activo o espírito pelo trabalho, mas também pelo contacto com os seus
semelhantes e com os negócios temporais.”
Estas palavras, justificou-as o seu autor com o
exemplo pessoal.
Em plena actividade, ei-lo que perde a vista e,
depois, a saúde, mas não perde nunca o amor à verdade. Ainda
quando combalido ao ponto de ser carregado ao colo como uma criança, a
sua indómita coragem
não o abandona. Completamente cego e inválido, nem por isso termina a sua
carreira literária, justificando-a com estas nobres palavras bem dignas de
serem contrapostas à hipótese materialista. “Se, como me apraz acreditar, o
interesse da Ciência se inclui no número dos grandes interesses nacionais, eu
dei ao meu país o que lhe dá o soldado mutilado no campo de batalha.
“Seja qual for o destino dos meus trabalhos,
também espero que este exemplo não fique perdido. Quereria eu que ele servisse
para combater essa debilidade moral, que é a doença da nova geração; que
pudesse reconduzir ao caminho recto da vida alguma dessas almas enervadas que
se lamentam de lhes faltar a fé, sem saberem onde procurá-la e, que,
procurando por toda a parte, em parte nenhuma encontram objecto de culto e
devotamento.
“Por que dizer, com tanto amargor, que não há ar
para todos os pulmões, emprego para todas as inteligências? Não temos aí o
estudo sério e calmo? Não haverá nele um refúgio, uma esperança, uma carreira
ao alcance de todos nós? Com ele, atravessamos os dias aziagos sem
lhes sentir o peso. Com ele construímos o destino, usamos nobremente a vida.
Eis o que faço e voltaria a fazê-lo ainda, se houvesse de recomeçar a marcha, a
fim de reencontrar-me justo onde me encontro. Cego e sofredor. Posso
dar um testemunho que, penso, não será suspeito: o de haver no mundo algo
melhor e mais valioso que os gozos materiais que a fortuna e até a saúde: – o
devotamento à Ciência.”
Preferimos sentimentos que tais à
química da inteligência. Estendemo-nos confiadamente nestes
exemplos porque, acima de tudo, dão testemunho do verdadeiro carácter do homem
superior e da absurdidade dos materialistas que ousam reduzir esse carácter a
simples função da matéria, a uma disposição natural do cérebro. Não queremos
concluir o protesto sem falar em Bernard
Palissy, homem cuja vida vale por um protesto formal à hipótese dos nossos
adversários.
Lembremos, em primeiro lugar, que Palissy nasceu
em 1510, sendo seu pai um pobre vidraceiro da Capela Biron. Não pôde, assim,
receber a menor instrução; não teve, qual confessava ele próprio, “outro livro
além do céu e da terra, que a toda a gente é dado ler e entender”. Aos vinte e
oito anos, paupérrimo, instalou-se numa choupana, em Saintes, como agrimensor e
pintor de vidros. Casado e pai de filhos cuja subsistência se lhe tornava
impossível, concebeu a ideia fixa de fabricar loiça vidrada e imitar Luca della
Robbia. Na impossibilidade de viajar pela Itália para aprender a técnica,
houve de resignar-se a investigar, tateante, no ambiente acanhado em que se
encontrava.
Depois de muito conjecturar sobre as matérias que
entravam na composição do esmalte, fez demoradas experiências e acabou reunindo
as substâncias que lhe pareceram adequadas. Comprou potes de barro comum,
partiu-os e recobriu os fragmentos com as massas que preparava, submetendo-as
ao forno para tal fim construído. As tentativas falhavam e o que só conseguia
era potes partidos, com grande prejuízo de carvão, de substâncias químicas,
além de tempo e trabalho.
Afrontando as lamentações da esposa, o choro dos
filhos e a ironia dos vizinhos, nem assim desanimava. A sua companheira não se
conformava em ver assim dissipar-se em fumo os já minguados recursos
domésticos. Contudo, haveria de submeter-se, uma vez que o marido estava
empolgado por uma ideia que ninguém e nada no mundo lhe desvaneceria.
As experiências prosseguiam por meses e anos.
Descontente com o primeiro forno, construiu outro fora de casa. Neste, queimou
outra lenha, desperdiçou outras drogas e potes, perdeu tanto tempo e dinheiro
que acabou caindo em extrema miséria. No entanto, persistiu. Em obstinação cruel!
Não podendo já acender o seu forno, levava o material
a uma fábrica distante mais de meia dúzia de quilómetros e o fracasso
continuava. Desapontado, mas não desenganado, resolve, então, construir um
forno para vidro, perto de casa. E o fez ele mesmo, com as próprias mãos.
Conduzia da cerâmica, às costas, o tijolo; ajustava-o, esboçava-o; era
pedreiro, carregador, ceramista, tudo! Ao fim de um ano, ei-lo com o seu novo
forno e os vasos preparados para uma nova experiência. Apesar do esgotamento
quase absoluto dos seus recursos, conseguira acumular grandes reservas de
lenha. Acendeu o forno, recomeçou o trabalho, não perdia de vista a tarefa, um
minuto que fosse. Dia e noite a postos, vigilante, ei-lo a meter lenha, a
graduar o fogo e, contudo, o esmalte não derretia. Pela segunda vez vinha o Sol
surpreendê-lo na faina e a esposa lhe trazia o parco almoço. Nada no mundo o
tiraria da boca do seu forno, no qual, desesperado, lançava a lenha acumulada.
O Sol recolhia-se e o nosso homem não. Pálido, desfigurado, barba crescida,
sobreexcitado sim, mas heróico, indefesso junto ao forno, para ver quando o
esmalte se fundiria. Um, dois, seis dias, enfim, transcorreram sem alteração. O
invicto Palissy continuava a trabalhar, a vigiar, mau grado o
desmoronamento de suas esperanças.
O esmalte não se fundiu.... Pôs-se, então, a contrair
dívidas, a comprar novos vasos, mais lenha...
Os potes devidamente revestidos e cuidadosamente
colocados no forno, ainda mais uma vez se acendeu o fogo. Era a última
tentativa do desespero. Ele fez um braseiro enorme e, não obstante a alta
temperatura, nada conseguiu. A lenha já escasseava. Como alimentar, até ao fim,
aquele fogaréu infernal?
Olhou em volta, os seus olhos incidiram na cerca do jardim, madeira enxuta,
facilmente combustível. Que poderia valer aquela cerca comparada com a
experiência cujo êxito dependeria, talvez, de algumas toras mais? As cercas
foram arrancadas, lançadas na fornalha. Sacrifício inútil!
Ainda não seria desta vez... Mas dez minutos de calor
– quem sabe – e tudo estaria conseguido... Lenha, portanto, mais lenha e só
lenha, a qualquer preço, eis o que precisava! Que ardessem os móveis, contanto
que não perdesse aquela experiência. Estrondo horrível se ouviu em toda a sua
casa, logo seguido dos gritos da mulher e dos filhos, já agora temerosos de que
o homem houvesse enlouquecido. Ei-lo que chega, sobraçando destroços de mesas e
cadeiras! A fornalha tudo recebe, tudo devora. Não se funde o esmalte, ainda
assim? Chega a vez dos soalhos... A família, diante disso, foge espavorida e
vai pelas ruas a gritar que o seu chefe enlouquecera. A essa altura, o inventor
encontrava-se absolutamente exausto, gasto de tantas lutas, jejuns, vigílias,
sobressaltos.
Endividado e a coberto do ridículo, dir-se-ia presa
de um desastre irreparável. E, contudo, acabara por descobrir o segredo, a
última provisão de calor derretera o esmalte. Os vasos de barro escuro lá
estavam transformados em loiça branca, que ele deveria realmente achar
belíssima. Doravante, podia afrontar com paciência todos os remoques, ultrajes
e recriminações. O homem de génio, graças à tenacidade na sua inspiração,
acabava de colher a palma da vitória. Arrancara um segredo à Natureza e podia
com mais calma aguardar os proventos da sua descoberta.
E não foi senão ao fim de dezasseis anos de labor
assíduo e penosas experiências, que, isolado, aprendendo consigo, sem a ajuda
de todos, pôde colher o fruto do seu esforço. Não tardou, porém, dada a sua
independência de ideias em matéria religiosa, fosse denunciado e visse invadida
e depredada a sua oficina por uma turba ignara e
fanática, de conivência com as autoridades. E enquanto assim lhe destroçavam
toda uma cerâmica preciosa, era ele preso e conduzido a Bordéus, onde
aguardaria o cadafalso ou a fogueira. Salvou-lhe a vida o Condestável de
Montmorency, não – diga-se – em atenção às suas crenças religiosas, mas às suas
faianças.
Dali, foi a Paris, onde o chamaram os trabalhos
encomendados pelo Condestável e pela Rainha-mãe, hospedando-se nas Tulherias,
enquanto duraram esses trabalhos. Mas, a guerra incessante que movia os adeptos
da Astrologia, da Alquimia e da bruxaria, acarretou-lhe uma nova denúncia
como herético.
Novamente preso, ficou cinco anos na Bastilha e ali morreu, em 1589, com a
idade de oitenta anos. Assim acabou e assim foi recompensado o inventor da
loiça esmaltada e das figulinas (iii).
Diante deste magnífico exemplo de coragem e
perseverança – não da coragem proveniente de uma exaltação nervosa,
qual a produzem a cólera, o medo, o cheiro da pólvora, a música marcial, visto
que nestes casos espontâneos os adversários poderiam alegar a sensação – mas,
de uma energia que se desdobra por dezasseis anos afrontando todos os reveses;
de uma vontade que ultrapassa todos os obstáculos como que avassalando o
corpo e as afeições do sangue. Diante destes exemplos, dizemos, diante de todas
as glórias da nossa espécie pensante; diante de todas estas chamas que se
consumiram para brilharem na posteridade das gerações; diante dos anseios
cordiais da Humanidade e diante dos testemunhos da sua própria consciência, com
que direito se vem averbar de ilusão a vontade e de subsequente a força moral?
Com que direito ousam negar a energia independente e
o carácter predominante destas almas de rija têmpera? A que pretexto reduzem a
potência destes corações a estados fisiológicos, quando não a circunstâncias
fortuitas? E como se leva a fantasia a estabelecer como princípio que “as
nossas resoluções variam com o barómetro”?
Objectar-se-á que o benemérito ceramista, cujo perfil
acabamos de traçar, representa uma excepção no seio da Humanidade? Mas, uma tal
evasiva só poderá provir da ignorância e carência de observação. Nomes mais
ilustres que o de Palissy fulguram por aí a outros títulos e nos quais
admiramos a mesma obstinação e firmeza.
/…
(ii) Ver Flammarion – Les Heros du
Travail, discurso Inaugural da Associação Politécnica do Alto Marne, (1866)
e conferência pronunciada no Asilo Imperial de Vincenes. Compreende-se que não
possamos aqui chamar a atenção para esses factos importantes e antepô-los
simplesmente às fantasias materialistas.
(iii) Este relato é parcialmente extraído de
Self-help, edição de A. Talandier. Muitos outros tipos poderíamos apresentar
como expoentes da independência e poder da vontade. Alongamo-nos sobre a vida
de Palissy, por ser um exemplo dos mais eloquentes que contradizem a teoria
adversa.
Camille Flammarion, Deus na Natureza, Terceira
Parte; (3) A Vontade do Homem (2 de 6), 28º fragmento
desta obra.