“Quando aplicamos o ouvido ao que se passa no fundo do nosso ser, ouvimos como o cachão de águas ocultas e tumultuosas, o fluxo e refluxo do mar agitado da personalidade que os vendavais da cólera, do egoísmo e do orgulho encapelam. São as vozes da matéria, os chamamentos das baixas regiões, que nos atraem e influenciam ainda as nossas acções; mas, essas influências, podemos dominá-las com a vontade, podemos impor silêncio a essas vozes. Quando em nós se faz a bonança, quando o murmúrio das paixões se aplaca, eleva-se então a voz potente do Espírito Infinito, o cântico da Vida Eterna, cuja harmonia enche a Imensidade. E, quanto mais o Espírito se eleva, purifica e ilustra, tanto mais o seu organismo fluídico se torna acessível às vibrações, às vozes, ao influxo do Alto.”
LÉON DENIS, O Problema do ser, do destino e da dor, IX. – Evolução e finalidade da alma
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